Então parece que descobriram quem violou o sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge. Quer dizer, os dirigentes da Receita Federal foram levados a revelar trâmites internos sobre o caso da violação. E digo "parece" porque desde que o caso foi revelado é evidente que estão com o pé no breque. À princípio, dirigentes da Receita queriam protelar qualquer conclusão para o ano que vem e só se mexeram depois de muito cutucados pela imprensa e pela grita no meio político.
E por enquanto, a servidora que aparece como suspeita, de nome quilométrico, Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, pode até nem ser de fato quem fez o serviço sujo. Ela tem ligação com o sindicalismo, mas não é filiada a partido. Já tem gente que acha que a exposição de seu nome pode até ser uma pista falsa, para encobrir gente com laços mais comprometedores.
Este é mais um daqueles casos que vão vazando aos poucos e que só andam porque a imprensa vai atrás. Nenhuma autoridade toma providência. Foi assim desde a revelação de que havia nesta eleição mais um dossiê em andamento e novamente contra José Serra, descoberta da Folha de S. Paulo, que obteve cópias integrais das declarações de imposto de renda de Eduardo Jorge de 2005 a 2009, até a divulgaçãodo nome de Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, chefe da agência do Fisco em Mauá, São Paulo.
Nossa imprensa merece críticas por muita coisa. Merece e acolhe estas críticas, isso é bom dizer. Mas no Brasil são os jornalistas que vão fazendo serviços que seriam o dever de autoridades constituídas e pagas para isso, por sinal muito bem pagas. Não é à toa que o governo Lula odeia jornalismo. É uma peça fundamental que o aparelho de poder do lulo-petismo ainda não domou.
A possível violadora do sigilo fiscal do líder tucano já havia sido afastada da chefia desde o dia 2 de julho e entrou em férias dez dias depois. O caso, então, vinha sendo tocado em sigilo, ou “na moita”, para falar na linguagem do pessoal do ilícito. E alguém tem dúvida que, se não fosse a imprensa, tudo seria mantido no mais absoluto sigilo, ao menos até passar esta eleição?
Mas a linha de análise do caso já toma rumos que, a meu ver, estão errados. Já começa a aparecer aquela conversa de "aloprados". Ora, essa é uma expressão que Lula arrancou da gaveta lá atrás, no episódio do dossiê feito pela campanha do PT em São Paulo, na disputa do governo de São Paulo em 2006, quando Aluizio Mercadante foi derrotado por Serra.
Foi expressão evidentemente surgida em reunião importante de discussão do assunto, os briefing que costumeiramente têm que ser passados para Lula e seus companheiros, como forma de amenizar trapalhadas.
E Lula sabia lá o quê era aloprado? Pois ficou sabendo nessa reunião, quando lhe passaram esta palavra escolhida cuidadosamente. Identifica uma ação feita de maneira perturbada, na maioria das vezes impetuosamente e, naturalmente, uma atitude de pessoa desequilibrada.
Então, aloprados não. Por detrás disso tudo existe um método, perceptível nesta quebra de sigilo fiscal e nos outros casos que vêm se sucedendo nesses quase oito anos de governo petista. Esta quebra de sigilo não é ocasional e muito menos uma atitude pessoal. Coisa de gente maluca, ou aloprada, nem pensar.
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POR José Pires
E por enquanto, a servidora que aparece como suspeita, de nome quilométrico, Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, pode até nem ser de fato quem fez o serviço sujo. Ela tem ligação com o sindicalismo, mas não é filiada a partido. Já tem gente que acha que a exposição de seu nome pode até ser uma pista falsa, para encobrir gente com laços mais comprometedores.
Este é mais um daqueles casos que vão vazando aos poucos e que só andam porque a imprensa vai atrás. Nenhuma autoridade toma providência. Foi assim desde a revelação de que havia nesta eleição mais um dossiê em andamento e novamente contra José Serra, descoberta da Folha de S. Paulo, que obteve cópias integrais das declarações de imposto de renda de Eduardo Jorge de 2005 a 2009, até a divulgaçãodo nome de Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, chefe da agência do Fisco em Mauá, São Paulo.
Nossa imprensa merece críticas por muita coisa. Merece e acolhe estas críticas, isso é bom dizer. Mas no Brasil são os jornalistas que vão fazendo serviços que seriam o dever de autoridades constituídas e pagas para isso, por sinal muito bem pagas. Não é à toa que o governo Lula odeia jornalismo. É uma peça fundamental que o aparelho de poder do lulo-petismo ainda não domou.
A possível violadora do sigilo fiscal do líder tucano já havia sido afastada da chefia desde o dia 2 de julho e entrou em férias dez dias depois. O caso, então, vinha sendo tocado em sigilo, ou “na moita”, para falar na linguagem do pessoal do ilícito. E alguém tem dúvida que, se não fosse a imprensa, tudo seria mantido no mais absoluto sigilo, ao menos até passar esta eleição?
Mas a linha de análise do caso já toma rumos que, a meu ver, estão errados. Já começa a aparecer aquela conversa de "aloprados". Ora, essa é uma expressão que Lula arrancou da gaveta lá atrás, no episódio do dossiê feito pela campanha do PT em São Paulo, na disputa do governo de São Paulo em 2006, quando Aluizio Mercadante foi derrotado por Serra.
Foi expressão evidentemente surgida em reunião importante de discussão do assunto, os briefing que costumeiramente têm que ser passados para Lula e seus companheiros, como forma de amenizar trapalhadas.
E Lula sabia lá o quê era aloprado? Pois ficou sabendo nessa reunião, quando lhe passaram esta palavra escolhida cuidadosamente. Identifica uma ação feita de maneira perturbada, na maioria das vezes impetuosamente e, naturalmente, uma atitude de pessoa desequilibrada.
Então, aloprados não. Por detrás disso tudo existe um método, perceptível nesta quebra de sigilo fiscal e nos outros casos que vêm se sucedendo nesses quase oito anos de governo petista. Esta quebra de sigilo não é ocasional e muito menos uma atitude pessoal. Coisa de gente maluca, ou aloprada, nem pensar.
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POR José Pires
Um comentário:
Está certíssimo, aloprado não combina. E isso tudo é muito bem combinado.
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