sábado, 9 de janeiro de 2021

Arthur Lira; candidato à altura do padrinho

O deputado Arthur Lira, candidato de Jair Bolsonaro a presidente da Câmara, é um veterano em complicações com a Justiça. Envolvimento em escândalos faz parte da sua carreira política. Ele já teve seu nome envolvido em denúncia de peculato, as chamadas “rachadinhas”, quando foi deputado estadual em Alagoas.

O figurão do Partido Progressista — o notório PP, que atualmente detém o comando das articulações do governo Bolsonaro — se valeu de parte da verba de seu gabinete na Assembleia Legislativa de Alagoas, para quitar empréstimos bancários entre os anos de 2005 e 2008. As informações fazem parte de um processo da Receita Federal.

O deputado foi também denunciado ao STF pela Procuradoria-Geral da República. Lira responde pelo recebimento de R$ 1,6 milhão em propina da empreiteira Queiroz Galvão. A denúncia é do MPF.

Em outro inquérito no STF, que ficou com o nome famoso de “Quadrilhão do PP”, ele é apontado pelo crime de organização criminosa, junto com os deputados Eduardo da Fonte e Aguinaldo Ribeiro e o senador Ciro Nogueira. O grupo é acusado de desviar dinheiro da Petrobras.

O candidato de Bolsonaro tem uma ficha impressionante até para os atuais níveis de sujeira da política. Pois nesta sexta-feira apareceu mais um caso de arrasar. A notícia é da Folha de S. Paulo.

A ex-mulher do deputado que Bolsonaro quer na presidência da Câmara o acusa de violência doméstica. O processo corre na Vara de Violência Doméstica do Distrito Federal.

A Folha conta que Jullyene Cristine Santos Lins, mãe dos dois filhos do candidato, disse que “o medo a segue 24 horas por dia, pois sabe bem o que o querelado é capaz de fazer por dinheiro”.

A ex-mulher também acusa Lira de ocultar bens de seu patrimônio de 11 milhões de reais.

Bem, isso vem acumular mais sujeira numa ficha já bastante encardida, algo que pelos seus propósitos não deixa de ser um mérito. Não faltou nem “rachadinha”. O conjunto de obra realmente o qualifica como candidato de Jair Bolsonaro.

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POR‌ ‌José‌ ‌Pires



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