quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Perigo à frente

O caos causado pelo descarrilamento ocorrido no sistema ferroviário urbano do Rio de Janeiro traz o temor do que pode acontecer na Copa do Mundo que começa em junho. Só não houve nada de pior porque o acidente não foi grave, mas ficou evidente a dificuldade de ação para ao menos amenizar as consequências desse tipo de ocorrência. A foto ao lado (publicada no site d'O Globo) simboliza bem o estado a que chegamos. Nela, passageiros sobem numa plataforma da estação usando uma tosca escada de madeira. No Brasil, o limite dos serviços já está presente no dia a dia, dentro da normalidade de qualquer sistema. No caso de alguma exigência extra, resta esperar apenas que Deus seja mesmo brasileiro.
A infraestrutura de uma cidade importante como o Rio já é insuficiente até para as necessidades cotidianas da população. Como será então quando a cidade lotar de estrangeiros? Esta preocupação bateu forte. E tem também a infraestrutura esportiva, em estádios e acomodações para atletas, tudo feito às pressas por empreiteiras que nunca mostraram preparo técnico e honestidade na construção de nossas obras públicas.
É grande o risco com estas edificações que abrigarão milhares de pessoas. No Brasil as coisas não são bem feitas nem quando não há pressa, nos alongados prazos que já viraram uma marca nacional. Nesta Copa do Mundo feita no corre-corre os torcedores vão precisar de mais sorte nas arquibancadas do que os atletas em campo.
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Por José Pires

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