
A conversa de que um político pode ser enganado pelo deputado Paulo Pimenta deve ser para a gente rir. O deputado é velho conhecido de tretas em Brasília. Ele é do Rio Grande do Sul e como dizem por lá, uma barbaridade de chucro. É do tipo que dá bom dia a cavalo. Pimenta é político próximo de Lula. Está sempre em Curitiba, agora dando bom dia também ao criminoso condenado. Não é necessário ser muito esperto para saber quem é o salafrário e qual é o partido que Pimenta vai querer beneficiar, aparecendo nesse momento com a proposta de uma CPI, seja sobre que assunto for. É preciso não ter nenhuma noção política para assinar qualquer papel oferecido por tipos como o deputado petista. Nem precisa ser pedido de CPI. Mas é claro que um parlamentar pode dar sua assinatura para que outro faça contra a Lava Jato o serviço que lhe falta coragem para fazer. Tenho certeza que para muitos foi essa a vantagem oferecida pelo petista.<
Pimenta tem experiência antiga em armações para tentar livrar o PT de suas encrencas. Ninguém está falando no assunto, mas lembro que o deputado envolveu-se em uma história muito suspeita da época do mensalão, quando foi flagrado em conversas obscuras com o empresário Marcos Valério, operador do esquema publicitário do mensalão, atualmente na prisão. O fato muito suspeito ocorreu em agosto de 2005 durante outra CPI, a CPI do mensalão, da qual Pimenta era vice-presidente. Esta CPI deu em nada. O deputado petista reuniu-se às escondidas na garagem do Senado com Marcos Valério, que acabara de depor na comissão. O encontro foi de madrugada e no dia seguinte ele apareceu na comissão com uma lista apócrifa com uma porção de nomes para incriminar adversários. Ameaçado de cassação, o petista propôs acordo aos tucanos para salvar o mandato. No final, teve que retirar-se da vice-presidência, mas o caso ficou só nisso. Pelo que se vê por esta armação da CPI da Lava Jato, ele seguiu com tudo na sua carreira de manipulador.
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POR José Pires
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