Está divertido acompanhar os defensores dos direitos humanos de Osama Bin Laden. Já vi artigos em que se fala até no direito que o terrorista deveria ter a um julgamento numa corte internacional, com todos os ritos processuais. Bem, mas Bin Laden não compareceria a uma corte dessas de forma voluntária.
De qualquer forma alguém teria de pegá-lo no Paquistão, não é mesmo? A menos que se acredite que ele poderia ser chamado na sua fortaleza de Abbottabad para prestar contas à Justiça. Teria de ser por carta, pois na mansão não havia telefone ou computador.
Melhor que isso só o texto de Fidel Castro lamentando que Bin Laden tenha sido morto na frente das esposas e dos filhos. Vindo de alguém que matou tanta gente e das formas mais diversas só pode ser piada pronta.
O jornalista Robert Fisk é outro que dispara muitos textos tentando diminuir o feito de Barack Obama. Li alguns no jornal mexicano La Jornada, disponível na internet. Fisk dá a impressão de uma mágoa profunda de ter sido furado por Barack Obama. Enquanto procurava Bin Laden em tantos cantos, Obama e seus Seals conseguiram uma exclusiva com o chefe da Al Qaeda.
Sempre tomando cuidado para lembrar que também não gosta de Bin Laden, Fisk vai no mesmo tom de uma parcela da esquerda brasileira, tanto que seus artigos são republicados com muito gosto por sites e blogs alinhados ao lulo-petismo.
O problema dessa gente com Obama é muito simples. Ele não serve para espantalho. Obama não entra de jeito nenhum na personagem do ianque imperialista que facilita tanto para a esquerda, até para aplacar suas disputas internas. Para isso é melhor um Republicano. Bush era perfeito no papel. Daí a torcida despudorada pelos republicanos e as imprecações contra Obama.
Nunca é fácil enfrentar um gringo. E quando ele não parece bandido, aí é que fica mesmo muito difícil.
E mesmo que haja certas incorreções na ação contra Bin Laden e talvez até a quebra de regras internacionais é muito difícil lamentar a morte de um homem que cometeu tantas barbaridades como ele fez em vida. Bin Laden não inspira sequer compaixão. Fidel Castro pode até lamentar que a morte tenha ocorrido na frente da família, mas aí pode ter falado mais alto a experiência de um ditador que tirava os dissidentes da frente de suas famílias para depois matá-los.
A esquerda está desgostosa com a morte do chefe terrorista, não só por ele, é claro, mas muito mais pelo belo empurrão que a reeleição de Obama recebeu com os balaços lá no Paquistão. Maior desgosto só o dos líderes do partido Republicano, com o chefe George W. Bush à frente com sua imagem de aturdido ainda mais destacada.
A cena mais marcante do 11 de setembro, depois daquelas dos aviões arremetendo contra as torres, é a de Bush recebendo a notícia numa escola da Flórida. De qualquer forma a derrubada das torres seria um baque para seu governo. Porém, a cena do presidente americano sendo pego de surpresa e com uma flagrante dificuldade de reação fixou nele a imagem da derrota para o terror.
Bush não aceitou o convite de Obama para participar das cerimônias no local onde era o World Trade Center. Ele não podia mesmo estar lá hoje. O que iria fazer? Levantar um braço de Obama para demonstrar seu nocaute?
O derrotado e o vingador. Depois da morte de Bin Laden este é o paralelo de Obama com Bush e, por extensão, com o que significa o partido Republicano. Desde que Obama assumiu, os republicanos vêm insistindo na tese de um presidente fraco em assuntos internacionais e até leniente com o terrorismo. Pois a tese foi abatida a tiros no Paquistão.
Era uma tese com um formato eleitoreiro, é claro, mas não deixava de representar um sério perigo para a reeleição de Obama no ano que vem. E ele sabia disso. Tanto que veio demolindo gradativamente nos últimos meses esta ameaça à sua imagem, com um ponto alto no ataque frontal ao ditador líbio Kadhafi e o ápice nesta ação militar contra Bin Laden. Foi um ataque com todo jeito de vingança e até nisso simbolicamente há um grande acerto político, quer aceitemos ou não o fato.
Alguém como Bin Laden tinha mesmo que se ver cercado de tanta mistificação, mas quase tudo que se lê desde sua morte tem tanta importância quanto as variadas lendas urbanas que rolam pela internet. A figura de um mártir elevado às alturas no mundo islâmico só pode sair da cabeça de quem desconhece muita coisa sobre quem foi o criador da Al Qaeda ou de quem age com má-fé para faturar algo neste clima.
Sobre Bin Laden tem muitos livros que desmontam o mito do filósofo islâmico, o árabe escorado por uma cultura milenar em luta contra a imoralidade ocidental. Esta é uma farsa que pegou especialmente no Brasil. Um livro muito especial é “O vulto das torres”, de Lawrence Wright. Apenas por esta obra já dá para extrair conteúdo suficiente para entender o falecido.
Quando à Obama, também exise uma variedade de livros, inclusive os dele, aliás bem escritos. Não bate bem da cabeça ou usa mesmo de má fé quem tenta desmerecer um político como ele. Mesmo que ele não pegasse Bin Laden, a eleição do ano que vem não seria um passeio para os Republicanos. Agora a caminhada republicana será ainda mais dura.
Eu gosto de simbologias. Quem passa por aqui com mais freqüência sabe disso. Os “Seals”, o grupo que em cerca de 40 minutos matou o inimigo número 1 dos Estados Unidos, unidade de forças especiais da Marinha dos Estados Unidos. Ambos têm lemas interessantes. O do Seals é “O único dia agradável foi o de ontem”. O da Marinha é “O vento não sopra a favor dos que não sabem aonde vão”.
Este último lema, da Marinha, é uma beleza de frase. Desde que chegou ao governo Obama não pegou vento nenhum a favor. Ao contrário, vem tentando domar as tempestades criadas pelo governo anterior, de Bush, em todos os setores, da economia às relações internacionais. Nesta labuta danada ele parece ter se guiado pelo lema dos Seals. Deu duro sempre. E como sabe aonde vai, com certeza deve aproveitar bem esse vento a favor dos últimos dias.
De qualquer forma alguém teria de pegá-lo no Paquistão, não é mesmo? A menos que se acredite que ele poderia ser chamado na sua fortaleza de Abbottabad para prestar contas à Justiça. Teria de ser por carta, pois na mansão não havia telefone ou computador.
Melhor que isso só o texto de Fidel Castro lamentando que Bin Laden tenha sido morto na frente das esposas e dos filhos. Vindo de alguém que matou tanta gente e das formas mais diversas só pode ser piada pronta.
O jornalista Robert Fisk é outro que dispara muitos textos tentando diminuir o feito de Barack Obama. Li alguns no jornal mexicano La Jornada, disponível na internet. Fisk dá a impressão de uma mágoa profunda de ter sido furado por Barack Obama. Enquanto procurava Bin Laden em tantos cantos, Obama e seus Seals conseguiram uma exclusiva com o chefe da Al Qaeda.
Sempre tomando cuidado para lembrar que também não gosta de Bin Laden, Fisk vai no mesmo tom de uma parcela da esquerda brasileira, tanto que seus artigos são republicados com muito gosto por sites e blogs alinhados ao lulo-petismo.
O problema dessa gente com Obama é muito simples. Ele não serve para espantalho. Obama não entra de jeito nenhum na personagem do ianque imperialista que facilita tanto para a esquerda, até para aplacar suas disputas internas. Para isso é melhor um Republicano. Bush era perfeito no papel. Daí a torcida despudorada pelos republicanos e as imprecações contra Obama.
Nunca é fácil enfrentar um gringo. E quando ele não parece bandido, aí é que fica mesmo muito difícil.
E mesmo que haja certas incorreções na ação contra Bin Laden e talvez até a quebra de regras internacionais é muito difícil lamentar a morte de um homem que cometeu tantas barbaridades como ele fez em vida. Bin Laden não inspira sequer compaixão. Fidel Castro pode até lamentar que a morte tenha ocorrido na frente da família, mas aí pode ter falado mais alto a experiência de um ditador que tirava os dissidentes da frente de suas famílias para depois matá-los.
A esquerda está desgostosa com a morte do chefe terrorista, não só por ele, é claro, mas muito mais pelo belo empurrão que a reeleição de Obama recebeu com os balaços lá no Paquistão. Maior desgosto só o dos líderes do partido Republicano, com o chefe George W. Bush à frente com sua imagem de aturdido ainda mais destacada.
A cena mais marcante do 11 de setembro, depois daquelas dos aviões arremetendo contra as torres, é a de Bush recebendo a notícia numa escola da Flórida. De qualquer forma a derrubada das torres seria um baque para seu governo. Porém, a cena do presidente americano sendo pego de surpresa e com uma flagrante dificuldade de reação fixou nele a imagem da derrota para o terror.
Bush não aceitou o convite de Obama para participar das cerimônias no local onde era o World Trade Center. Ele não podia mesmo estar lá hoje. O que iria fazer? Levantar um braço de Obama para demonstrar seu nocaute?
O derrotado e o vingador. Depois da morte de Bin Laden este é o paralelo de Obama com Bush e, por extensão, com o que significa o partido Republicano. Desde que Obama assumiu, os republicanos vêm insistindo na tese de um presidente fraco em assuntos internacionais e até leniente com o terrorismo. Pois a tese foi abatida a tiros no Paquistão.
Era uma tese com um formato eleitoreiro, é claro, mas não deixava de representar um sério perigo para a reeleição de Obama no ano que vem. E ele sabia disso. Tanto que veio demolindo gradativamente nos últimos meses esta ameaça à sua imagem, com um ponto alto no ataque frontal ao ditador líbio Kadhafi e o ápice nesta ação militar contra Bin Laden. Foi um ataque com todo jeito de vingança e até nisso simbolicamente há um grande acerto político, quer aceitemos ou não o fato.
Alguém como Bin Laden tinha mesmo que se ver cercado de tanta mistificação, mas quase tudo que se lê desde sua morte tem tanta importância quanto as variadas lendas urbanas que rolam pela internet. A figura de um mártir elevado às alturas no mundo islâmico só pode sair da cabeça de quem desconhece muita coisa sobre quem foi o criador da Al Qaeda ou de quem age com má-fé para faturar algo neste clima.
Sobre Bin Laden tem muitos livros que desmontam o mito do filósofo islâmico, o árabe escorado por uma cultura milenar em luta contra a imoralidade ocidental. Esta é uma farsa que pegou especialmente no Brasil. Um livro muito especial é “O vulto das torres”, de Lawrence Wright. Apenas por esta obra já dá para extrair conteúdo suficiente para entender o falecido.
Quando à Obama, também exise uma variedade de livros, inclusive os dele, aliás bem escritos. Não bate bem da cabeça ou usa mesmo de má fé quem tenta desmerecer um político como ele. Mesmo que ele não pegasse Bin Laden, a eleição do ano que vem não seria um passeio para os Republicanos. Agora a caminhada republicana será ainda mais dura.
Eu gosto de simbologias. Quem passa por aqui com mais freqüência sabe disso. Os “Seals”, o grupo que em cerca de 40 minutos matou o inimigo número 1 dos Estados Unidos, unidade de forças especiais da Marinha dos Estados Unidos. Ambos têm lemas interessantes. O do Seals é “O único dia agradável foi o de ontem”. O da Marinha é “O vento não sopra a favor dos que não sabem aonde vão”.
Este último lema, da Marinha, é uma beleza de frase. Desde que chegou ao governo Obama não pegou vento nenhum a favor. Ao contrário, vem tentando domar as tempestades criadas pelo governo anterior, de Bush, em todos os setores, da economia às relações internacionais. Nesta labuta danada ele parece ter se guiado pelo lema dos Seals. Deu duro sempre. E como sabe aonde vai, com certeza deve aproveitar bem esse vento a favor dos últimos dias.
3 comentários:
Assino em baixo.
Parabéns pelo artigo!
Abraços,
Caio.
existe outro lema do sela que é: os que conseguiram treinaram ate terem certeza que vai dar certo. o SEAL treina ate ser IMPOSSIVEL dar errado.
Conhecer a história desde sua origem é imprescindível antes de tomar partidos. É muito fácil julgar pessoas cuja reputação já está manchada. O terror só foi revidado, claro que por se tratar de USA o drama fica ainda maior, principalmente quando se tem a opinião pública a favor. Sou de origem islâmica e posso dizer, como quem sentiu na pele, que o grande culpado disso tudo é o petróleo, claro que ele é o vilão, pois quem mata por ganancia e por poder nunca é considerado culpado de nada, afinal tudo tem preço, até a inocência.
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