Aqui temos uma foto sobre um encontro de tatuadores, realizado esta semana em Taiwan. E lá embaixo publico uma foto de uma reportagem fotográfica sobre o trabalho de equipes médicas do exército dos Estados Unidos no Afeganistão. As duas imagens estão unidas pelo hábito da tatuagem, que se vê também no braço do jovem militar norte-americano que ajuda o soldado ferido do Exército Nacional do Afeganistão, mas pode-se ver também uma unidade no uso do jornalismo, feito de forma competente por redações de dois países bem diferentes e distantes entre si.
E, independente do que pensemos das duas atividades, também são retratos de trabalhos exercidos com a maior competência. A impressionante capacidade dos médicos militares dos Estados Unidos é de impressionar até mesmo um esquerdista que vê como "mocinhos" os Talibãs cortadores de narizes e orelhas de mulheres do Afeganistão.
A foto do encontro dos tatuadores foi publicada no jornal espanhol El País e a reportagem fotográfica feita no Afeganistão saiu no site do jornal Denver Post, dos Estados Unidos. Esta reportagem no Afeganistão é bem mais longa que a do encontro de tatuadores. São 40 imagens impressionantes pelo que mostram e pela qualidade das própras fotografias.
Este material serve para comprovar como os jornais e sites brasileiros ainda não se aperceberam da importância da fotografia na internet. Fotografia por aqui é publicada em poucos centímetros, mesmo quando usam o recurso do clique para aumentar a imagem.
As empresas também não investem em reportagens fotográficas, o que torna seus sites pobres naquilo que representa o melhor da linguagem da internet: a imagem. Eu creio até que computador é algo que parece ter sido inventado mais para a fotografia do que para o texto. Não é que o texto não tenha importância, é óbvio. Se eu pensasse assim, apenas desenharia para a internet. Mas fotografias funcionam bem demais neste vídeo iluminado por dentro que temos à nossa frente.
Esta pouca importância no uso das imagens, com sua publicação de modo tímido ou melhor, mesquinho mesmo, é um dos equívocos que os jornais brasileiros trazem para a internet. Antes dessa nova tecnologia eles já vinham descuidando nos impressos do prazer de se ver uma boa foto e um bom desenho.
Era uma economia burra que diminuía a qualidade do produto e que vejo como uma das razões que fazia a nossa imprensa estar definhando antes mesmo do advento da internet. Esta falta de investimento em recursos humanos é um problema histórico da nossa imprensa em todas as áreas. Com isso, os jornais e revistas vinham ganhando dinheiro e perdendo qualidade.
Pelo que se vê, a prática foi transplantada para a internet. É bem grande o número de internautas brasileiros, mas a qualidade fica bem baixa nesta relação. Daí, quem não se contenta com a fofocaiada que os poderosos da nossa internet acham que é a receita vencedora neste meio, tem que correr pra fora para ver algo de qualidade.
Para ver as fotos do El País clique aqui para ver a reportagem fotográfica do Denver Post, prepare-se bem, e clique aqui.
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POR José Pires