O cara está impossível. Para problemas menores, como este do golfo do México, está dispensando até o olho no olho.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Agora vai
O cara está impossível. Para problemas menores, como este do golfo do México, está dispensando até o olho no olho.
Postado por José Pires às 23:33 0 comentários
Campanha de Dilma tem vaga
Postado por José Pires às 23:03 0 comentários
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Um peso, duas medidas
Postado por José Pires às 16:56 0 comentários
De olho na retaguarda
Postado por José Pires às 16:50 0 comentários
África e Nordeste
Postado por José Pires às 16:38 0 comentários
Fonte transbordante
Para que tem servido isso, além de aumentar a pilha de papel velho no quartinho dos fundos? Para nada. É o caso de pitacos do José Dirceu. Ora, todo mundo sabe que sua atuação é de lobbysta (falando nisso, o bom lobbysta é igual agente secreto: sua capacidade se mede também pela discrição, não?). Então, quando um jornalista vai buscar sua opinião forçadamente sobre tantos assuntos, não dá pra gente deixar de suspeitar que o jornalista traz algo mais que a opinião. Mas isso ele não mostra pra ninguém.
Postado por José Pires às 13:05 0 comentários
quinta-feira, 27 de maio de 2010
A Santinha e o Garotinho
Postado por José Pires às 21:18 1 comentários
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Toc, toc, toc, torcida brasileira!
Ninguém precisa de incentivo para torcer contra a Argentina em Copa do Mundo, mas o técnico Maradona acaba de dar mais um motivo para isso. Ele vai ficar pelado em público se a Argentina ganhar a copa. Puxa vida, o mundo precisa evitar um espetáculo grotesco desses.
Mas o Brasil tem mais problemas que a Argentina, sendo que o mais grave acabou de acontecer em Brasília. Veja em primeira mão na foto que acabei de pegar na Secretaria de Imprensa da Presidência da República: a Seleção cometeu mesmo a imprevidência de ir visitar o pé-frio.
Avisamos sobre o perigo. Até publicamos provas sobre o assunto, na famosa lista de vítimas do seca-pimenteira, mas não teve jeito. A ziquizira está feita. Agora a torcida brasileira vai ter que fazer um esforço extrordinário, bem maior do que já estava sendo exigido pela Seleção do Dunga.
Lá no fundo da foto dá para perceber o ministro dos Esportes, Orlando Silva, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, conversando animadamente, talvez combinando a divisão da tapioca da Copa de 2014, no Brasil. A tranquilidade do Lula faz a gente crer que a tapioca dele já está garantida.
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POR José Pires
Postado por José Pires às 17:17 3 comentários
O encontro da CNI entre presidenciáveis
Estavam presentes Marina Silva (PV), Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Foi na verdade um encontro com os presidenciáveis. Não teve perguntas entre eles. Mas o caráter de debate acaba se instalando, pois na fala de um ou outro surgem as comparações e até críticas ao adversário.
Surpreendeu positivamente o nível técnico da preparação do encontro, com apresentação ao vivo pelo site. As propostas da CNI foram divulgadas em um documento que também merece uma boa leitura. O download do vídeo poderia talvez ser menos pesado, não sei se é possível, mas, enfim, tenho que fazer este comentário senão os leitores não me reconhecem. E também pode haver um outro mais danado que pode achar que estou levando jabá para falar bem da CNI.
Neste encontro fica evidente de forma muito clara como o pré-candidato José Serra chegou a um nível de qualidade política como poucas vezes se viu neste país, como diria o Lula (Lula diria que nunca se viu, melhorando como sempre a piada).
Eu não precisaria de um evento desses para elogiar o Serra. Tenho uma admiração pelo ex-governador desde antes dele se projetar como agora, ainda quando ele perdia eleições importantes, como da primeira derrota para a prefeitura de São Paulo, mas isso é outra história.
Serra tem qualidades técnicas e intelectuais infelizmente raras na política brasileira. Também escreve bem, o que sempre acaba atraindo minha atenção e respeito, porque a escrita é uma das coisas que me dão razão de viver. O que seria de mim sem a leitura? Não haveria esteira de ginástica capaz de repor tal vazio existencial.
Mas chega do Serra, antes que os petistas me acusem de ser tucano, eu que jamais fui de partido algum. Isso foi só para deixar claro que não precisaria do encontro da CNI para gostar da performance do ex-governador.
Mas eu quero falar mesmo é de outro candidato, a santinha do PT, que sempre pensei que encontro iria fazer eu gostar menos do que sempre gostei. Mas aí é que eu me enganava. Essa candidata se supera dia-a-dia.
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POR José Pires
Postado por José Pires às 14:05 0 comentários
Meu nome é Dilma!
Dilma é representativa de vários vícios políticos deste governo e do partido que está no poder. Sua escolha em momento tão expressivo e até crucial na história do PT, mostra bem a eficácia a derrocada de um modelo político, que pode muito bem ser chamado de lulo-petismo. Não acho que exista um “lulismo”. Sem a chave do cofre, Lula deterá o poder que tem agora sobre o petismo? Duvido. E também não terá a expressão que imagina para seu futuro, ele e a Folha de S. Paulo, que até coloca em manchete que basta que ele escolha entre a secretaria-geral da ONU e o Banco Mundial.
O caminho do PT tinha mesmo que dar na Dilma. Falei lá em cima da primeira derrota Serra para prefeito. Foi em 1988, ano da Constituinte, e ele perdeu para Luiza Erundina, que saiu do PT lá atrás praticamente excluída do partido. E Dilma? Nessa época era gaúcha (parece que agora é mineira) e do PDT.
A destruição gradativa dos quadros petistas, seja pelo corte implacável feito pelos caciques ou pela queda política causada por escândalos de corrupção, acabou abrindo o espaço que hoje é dela. Um cacique impôs uma que não é relevante nem na história do próprio PT. Isso é auto-explicativo para um partido que pegou todos os velhos defeitos da política brasileira.
Por isso a santinha deve ser vista como um símbolo. Um partido famoso pela qualidade parlamentar e capacidade de sua militância para o debate (para o bem ou para o mal, mais para o mal) acabou em uma candidata que nem sabe falar em público. Dilma não sabe como dizer e quando diz alguma coisa passa a impressão de que não sabe do que está falando. No encontro, não respondeu a nenhuma das questões que foram colocadas. Tratou também cada assunto com a agressividade contida de que já falei.
Perde-se em digressões que não dizem nada, traz números que não se referem ao assunto tratado, e faz isso em todos os assuntos. Não tem uma fala que se aproveite. Imagino o desespero de um marqueteiro que for editar o material produzido pela candidata. Não vai encontrar nada que preste e ainda corre o risco de ser xingado por ela.
Dilma é efeito tostines. Sua candidatura revela a falência do partido ou foi a falência que deu numa candidata tão despreparada? Se Dilma não representasse um partido que está no poder há oito anos e que esteve presente na vida política brasileira de forma atuante nas últimas décadas, além de administrar prefeituras importantes e até estados brasileiros, certamente seria tratada pela opinião pública com o mesmo tom jocoso que merecem candidatos nanicos que entram nas disputas apenas para sofrer vexames.
Não seria um exagero dizer que Dilma é um Enéas. E um Enéas que tem pela frente a dificuldade de não poder dizer apenas o nome (Meu nome é Dilma!), uma candidata que sofre com a exigência de um discurso mais longo e aprofundado.
Sua escolha, feita com um dedaço de Lula, passando por cima do PT e alijando da disputa nomes do partido mais competentes em todos os aspectos e até lançando fora da disputa com a pressão da máquina pública um aliado como Ciro Gomes, é o retrato que finalmente foi revelado de um partido que cresceu na cômoda situação de uma oposição sem responsabilidades e que chafurdou na corrupção sempre que que obteve o poder.
Dilma candidata à presidente da República é duplamente assustador. Primeiro pelo óbvio: ela pode ser a presidente. E depois, porque este despreparo cômico e até constrangedor reforça a apreensão sobre a situação real do nosso país. Nos dois mandatos de Lula ela esteve atuante no círculo mais alto do governo e no segundo mandato era a segunda em poder de mando. Até poucos meses atrás, era ela quem mandava. E mesmo hoje, a máquina de governo caminha sempre em conformidade com os passos da sua campanha eleitoral.
Observar essa tecnocrata de má-qualidade faz temer o que virá no ano que vem, quando a caixa-preta for aberta ou explodir de tantos problemas.
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POR José Pires
Postado por José Pires às 13:51 0 comentários
Não há vaga, santinha
Até por minha idade, convivi algumas vezes com empresários assim e sei que o perfil humano pesa bastante nas suas avaliações. E dá para entender isso muito bem. Imagino quantas vezes eles não tiveram um idiota à sua frente repetindo com exatidão números, estatísticas, projeções e tantas enrolações sem resultado prático e, pior, surgidas apenas do palavrório de tantos livros de gurus da Administração.
Com os três presidenciáveis ali sendo avaliados pelos empresários, fiquei imaginando qual deles seria contratado se estivessem disputando uma vaga de trabalho.
Eu acho que a Dilma ia ter pegar o currículo (será que já eliminou o doutorado que nunca fez?) e caçar vaga em outro canto.
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POR José Pires
Postado por José Pires às 13:49 0 comentários
Apoio insalubre
Se dependesse apenas do mérito pessoal, sem o escoramento das indicações políticas e do poder de grupos, como tem sido sua carreira a candidata do PT teria dificuldade de colocação mercado. Essa é uma verdade dura que os companheiros têm de encarar e que para alguns deve ser uma vergonha danada.
Puxa vida, apoiar uma figura como a Dilma é de uma insalubridade política até desumana. No aspecto intelectual, então, deve ser tão abalador quando fazer campanha para o Berlusconi. Eu não escreveria a favor de uma incapaz como essa nem que fosse por um bom empréstimo a fundo perdido do BNDES. Mas nem que o Franklin Martins ou a Teresa Cruvinel aceitasse um projeto meu muito bacana e bem pago para a TV Brasil.
Como candidata, Dilma é um estouro. Ou quase. Ela está sempre à beira da explosão. E a granada só mantém o o pino porque o momento exige. Não é como um ataque de nervos. Não, isso até seria justificável, ainda que fosse recomendável a camisa de força. Na realidade ela vive de forma permanente na situação de toda pessoa autoritária que, por força das circunstâncias, não pode mandar o próximo às favas.
Em qualquer situação, mesmo que seja em um clima sem nenhuma agressividade política, como foi este encontro, Dilma tem uma dificuldade danada em ouvir o outro. Dá a impressão de que é capaz de responder com agressão até a um elogio. Bem, ainda bem que disso estou livre.
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POR José Pires
Postado por José Pires às 13:39 0 comentários
No encontro da CNI as perguntas foram bem educadas, tanto no tom quanto no conteúdo, sem a extrapolação grosseira dos limites do bom senso e a falta de cortesia que costuma acontecer em eventos do tipo promovidos por sindicatos de trabalhadores. Isso pelo menos os sindicalistas deveriam aprender com os patrões.
Porém, mesmo com este clima, eu já estava esperando Dilma dar um pito em algum empresário. Toda questão era recebida por ela de forma tensa. Quando o jornalista responsável pela mesa chamou sua atenção para que parasse de exceder o tempo, ele se arriscou a ser chamado de “santinho”.
Ela fica extremamente desconfortável com qualquer questionamento, mesmo com uma indagação técnica. Mas como tem uma eleição aí na frente, a candidata busca usar de forma habilidosa as palavras para não transparecer a impaciência. E aí arruma outro problema, pois a palavra é uma das ferramentas que ela não sabe usar.
Então se enrola em um palavreado que no final não tem significado algum. E o corpo também não atende seu comando para não parecer que está doida para dar uma patada no intrometido perguntador. A expressão corporal, o tom de voz, tudo que ainda foi domado por especialistas em marketing fica contido, mas sempre no limite da explosão.
Essas exposições públicas estão pelo menos ajudando a entender as histórias de grosserias, gente chorando pelo corredor, ministros ofendidos em público, as tantas histórias que contam o inferno que era com Dilma quando ela era ministra-chefe da Casa Civil.
O PT tem uma candidata que não tem competência nem para exercer papéis básicos de um político em campanha, como falar com certa habilidade, dominar números e estatísticas e saber utilizá-los em seu devido contexto, enfim fazer bem feito uma campanha política.
E ela pode vencer. Até um poste teria essa chance, com o poder político e econômico que cerca sua candidatura, com um partido influente em sindicatos fortes e na maior central sindical do país e a posse da máquina do governo federal, que vem sendo usada além do limite da legalidade.
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POR José Pires
Postado por José Pires às 13:35 0 comentários
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Zerando
Postado por José Pires às 23:49 4 comentários
Não dá pra não deixar de não gostar
Postado por José Pires às 15:16 0 comentários
Novidadeira e ansiosa para botar catraca na internet
Postado por José Pires às 15:15 0 comentários
Sem ingresso não entra
Postado por José Pires às 15:14 0 comentários
sábado, 22 de maio de 2010
Equipe unida
Postado por José Pires às 20:21 0 comentários
Ética para profissionais
Postado por José Pires às 14:56 0 comentários
quinta-feira, 20 de maio de 2010
O pé-frio ataca novamente
É evidente que deve ser uma exigência do Lula, que precisa estar sempre na mídia para poder alavancar a campanha de sua candidata à presidência da República. Até aí, não há o que fazer. Isso é do jogo político e para quem vem praticando várias ilegalidades eleitorais, como o Lula, receber jogador de futebol no Palácio do Planalto é fichinha.
Nossa preocupação lé outra. Lula é um notório pé-frio nos esportes, com uma lista de azaração como nunca se viu antes na história deste país. Com a visita ao seca-pimenteira a seleção brasileira adentra um campo onde vários esportistas tiveram sérias dificuldades.
O risco é grande. E se houver muita gracinha nesse encontro, com beijo em camisa da seleção ou coisa parecida é para se temer até a viagem de avião para o continente africano. Toc, toc, toc! Que o avião da nossa seleção consiga chegar bem depois de voar sobre o Oceano Atlântico.
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POR José Pires
Postado por José Pires às 14:13 2 comentários
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Parcerias com prejuízo certo
O cara é um fanático, porém está desatento sempre à máxima criada por um dos grandes gênios do futebol e que serve para qualquer assunto: “alguém combinou com o adversário?”. É de Garrincha, craque de muitas ferramentas e pensador de uma frase só. Mas ele não precisa de outra para ser lembrado sempre. É frase com serventia até para acordo nuclear.
Para o olho no olho com Ahmadinejad dar certo faltou Lula combinar com os grandes. Quase de imediato à divulgação do acordo entre o Irã, a Turquia e o Brasil, a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, anunciou que as principais potências também chegaram num acordo sobre as novas sanções contra o Irã. A decisão inclui Rússia e China.
Nem vou perguntar o que pode ser feito das amplas análises escritas sobre a diplomacia vitoriosa de Lula. É bastante texto, muita apologia, alguns até insinuando que o Brasil teria dado uma bela rasteira diplomática nos Estados Unidos. Os escritos da internet basta deletar, já os que estão impressos em papel eu teria outra sugestão, mas vou deixar pra lá. O blog é de família.
O papel no qual Lula mais sabe atuar é o de songamonga. Nunca este país teve um presidente da República mais capaz de se fazer de bobo. Mas de bobo Lula não tem nada. Em sua aliança com Ahmadinejad o que tem de menos é ingenuidade.
Penso até que, além do interesse mútuo em relação à questão nuclear, existem outras razões para este alinhamento praticamente incondicional a um regime isolado mundialmente por suas conhecidas más-qualidades, que vão desde a cruel opressão interna até o apoio e financiamento de atividades terroristas pelo mundo afora.
Me parece ser dívida alta, mas este é um daqueles assuntos que só o tempo pode esclarecer.
Só dá para entender a lógica da diplomacia petista pelo ditado gaúcho que diz que "os gambás se cheiram". Não há teoria que sustente o que vem sendo feito. E como é que a inteligência de um país pode suportar coisas toscas como a pretensão do redesenhamento do mapa mundial, a exigência de "uma nova ordem mundial" feita de braços dados com o companheiro iraniano e sandices semelhantes ou até piores? Em parte isso pode ser explicado pelo caixa baixo das empresas decomunicação, mas isso não é tudo. Me parece ser também um problema de racionalismo e inteligência.
Quando a gente pensa que as parcerias já não são boas, eles arrumam outra pior. Não está gostando do Chávez, do Morales ou do Zelaya, companheiro? É quando aparece o Ahmadinejad. Cá pra nós, você compraria um carro usado do Ahmadinejad? Nem eu. E muito menos uma bomba atômica usada.
O mundo se encaminha para uma situação muito difícil, provocada principalmente por problemas ambientais e superpopulação e agravados pela ação de gente como Ahmadinejad. Que Deus e Alá nos livre de uma realidade difícil lá na frente no aspecto ambiental e ainda com essa gente com a bomba atômica. <
O Brasil deveria se projetar nesse momento pela via do equilíbrio e do bom senso, mas ocorre o contrário. Embarcamos na nave dos loucos. O país é levado por Lula e seus companheiros à parcerias com tipos como Ahmadinejad.
Que o Brasil esteja neste alinhamento internacional, já no final da primeira década do século 21 se explica pelos anacronismos do lulo-petismo. E isso não espanta. O que é surpreendente é ver a conivência de uma parte substancial dos brasileiros com esta estupidez.
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POR José Pires
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terça-feira, 18 de maio de 2010
Cenas tristes do país do companheiro Ahmadinejad
O Irã tem um cinema de alta qualidade e Panahi é um de seus grandes diretores. Em 2006 ele foi o ganhador do Urso de Prata do Festival de Berlim. Também ganhou o Leão de Ouro do Festival de Veneza, em 2000.
Na semana passada, na apresentação do Festival de Cannes, havia uma cadeira simbolicamente vazia em protesto pela prisão do cineasta iraniano. Ele era convidado para fazer parte do júri que escolhe o vencedor da Palma de Ouro.
Foi lida também uma carta enviada da prisão pelo cineasta. Alguns trechos mostram como está sua situação. “Não assinarei nenhuma confissão forçada devido a ameaças", ele disse na carta, revelando que a ditadura de Ahmadinejad segue o curso de tantas outras, buscando a submissão da arte.
Em outra parte ele manda “calorosos abraços de minha pequena e escura cela na prisão de Evin", agradece o apoio da França pela sua libertação, mas pede para que não esqueçam “os milhares de outros presos indefesos no Irã". Esta parte mostra como está a situação política naquele país, enquanto o nosso presidente presta um apoio praticamente incondicional ao regime dos aiatolás.
"Assim como eu, eles não cometeram crime algum e a minha causa não é mais importante que a deles”, diz o cineasta na carta.
Hoje no festival o cineasta Abbas Kiarostami, que também é iraniano, comentou em entrevista a prisão de seu compatriota. Kiarostami concorre à Palma de Ouro com o filme “Copie conforme”, com a atriz francesa Juliette Binoche como protagonista.
Vários sites mostram fotos de Binoche chorando durante a apresentação do filme à imprensa. Suas lágrimas foram provocadas no momento em que a fala de Kiarostami em defesa do colega foi interrompida por uma jornalista que disse que havia a informação de que Panahi tinha começado uma greve de fome.
O filme que levou à prisão de Panahi ainda está em andamento e é sobre a eleição presidencial iraniana de 2009, quando Ahmadinejad foi reeleito sob denúncias de fraude. As manifestações de protesto foram reprimidas pela polícia, com dezenas de mortes e — como se vê na carta do cineasta — milhares de prisões.
Na época, o presidente Lula fez questão de apoiar de imediato a reeleição de Ahmadinejad e situou as manifestações de protesto no Irã no mesmo nível das discordâncias entre torcidas de futebol.
A fala vai na íntegra, para lembrarmos sua fineza de estilo: "Eu não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos".
Uma declaração de Juliette Binoche sobre o filme que fez com Kiarostami também denuncia de forma sutil outro grande problema do regime presidido pelo amigo do Lula. No Irã a opressão às mulheres não permite que elas usufruam nem dos direitos mais básicos.
Binoche é aquele tipo de artista que leva a gente a ver um filme e raramente nos decepciona. É uma atriz que poderíamos definir como "autoral", que segue uma linha de criação em sua carreira. O filme apresentado em Cannes foi filmado no Irã onde, conforme ela disse, aproveitou “para descobrir mais sobre o cinema iraniano, sobre as mulheres”.
“Fiquei muito animada com a forma como ele [Kiarostami} filma mulheres, é o oposto do que seu país diz sobre elas”, disse Binoche, numa frase que sintetiza de forma inteligente a condição feminina sob o regime iraniano e o esforço artístico do cineasta para elevar o ser humano acima desta situação ultrajante.
No festival de Cannes também apresentaram um curta-metragem sobre outra prisão de Panahi, anterior a detenção atual. No curta, o cineasta conta que foi interrogado de forma ameaçadora durante três horas e na saída, depois de dizerem que ele seria convocado novamente, um policial perguntou: “Por que você fica no Irã? Por que não vai fazer filmes no exterior?".
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POR José Pires
Postado por José Pires às 15:35 1 comentários
Extra! Extra! Tem católico novo na praça e não é a Dilma
O encontro foi no Vaticano e teve uma revelação surpreendente: Morales é católico. “Quero falar a verdade: eu sou católico", disse o presidente boliviano na saída do papo, que teve a duração de 25 minutos.
Isso deve ter sido uma decepção para a esquerda latino-americana, que vê em Morales a redenção do índio boliviano, um inca redivivo e redentor da verdade histórica dos povos oprimidos da América Latina — opa, ficou estranho esse final, parece coisa de esquerdista; preciso me cuidar.
Houve até quem pensasse que Morales acendesse velas para Pachamama ou qualquer outra divindade primitiva bem bacana, dessas que exigem sacrícios humanos à beira de abismos ou crateras fumegantes. Mas não, o índio é católico. Graças a Deus, dirão alguns, mas para outros é a perda talvez irremediável da crença no bom selvagem.
Essas coisas acontecem. Aqui no Brasil essas conversões costumam ocorrer em período eleitoral. É num nível espiritual que coloca no mesmo plano buchada de bode e deglutição da hóstia, mas de um dia para o outro esquerdista vira carola. A cristã-nova Dilma Roussef que o diga. Amém.
Mas, como bom católico, Morales foi beijar o anel do papa e aproveitou para fazer um pedido: o fim do celibato. Isso mesmo, o fim do celibato. E com certeza a surpresa de Bento XVI deve ter sido bem maior do que a nossa vendo um esquerdista boliviano se meter num assunto desses. Se ainda fosse o esquerdista paraguaio Fernando Lugo, ainda haveria algum sentido. O presidente do Paraguai pelo menos usou batina um dia. Sem honrá-la, de acordo, mas teve pelo menos alguma relação com o celibato. Ou a falta de.
Morales entregou uma carta a Bento XVI com a reivindicação da liberação do sexo para seus subordinados. “A Igreja não deve negar uma parte fundamental da nossa natureza de seres humanos e deve abolir o celibato. Assim, haverá menos filhos não reconhecidos por seus pais", afirma uma das passagens do documento, que certamente será um dos mais bizarros nos arquivos do Vaticano.
Imaginem como esse papel vai ficar legal três gavetões acima de um De revolutionibus orbium coelestium, de Copérnico, ou próximo de um Sidereus Nuncius, de Galileu Galilei.
Mas Bento XVI que se cuide. Morales é de uma turma que não descansa, mesmo diante da lógica mais clara da inoportunidade de suas reivindicações. Gente que dá conselhos ao presidente Barack Obama, se mete na confusão do Oriente Médio e até acerta negócios nucleares com a teocracia iraniana dificilmente vai voltar atrás de sua missão política de ensinar bispo a rezar a missa.
Não duvido que um dia desses o papa não seja obrigado, depois de um olho no olho, a acabar com esse negócio de celibato.
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POR José Pires
Postado por José Pires às 11:20 0 comentários
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Marta Suplicy: armando confusão na luta armada
E isso porque ela estava na defesa da mais recente embrulhada eleitoral do PT, a de tentar elevar a candidata do Lula às alturas do Nelson Mandela. Está uma dificuldade danada encontrar uma identidade para a Dilma então tentaram criar a Dilmandela, mas foi demais até para quem já está acostumado com os exageros do partido que reiventou o Brasil. E então os petistas saíram a campo para explicar.
Está assim desde que Dilma saiu da campanha eleitoral que fazia no ministério e foi pra pré-campanha de fato. Cada ação de sua equipe de criação imediatamente detona todo um processo de explicação da besteira que foi ao ar ou publicada no site da campanha. Não é só o Lula que precisa de tradutor. A campanha da sua candidata está sempre precisando de explicação. E isso, ó raios, mesmo ela sendo feita em toda português.
Foi nessa situação que Marta Suplicy entrou com os dois pés no Gabeira. Neste momento todo mundo deve estar sabendo. Ontem em um comício em São Paulo, para defender o passado de Dilma na luta armada, ela usou como exemplo atuação de Gabeira na luta armada.
Vai na ìntegra, até porque sintetizar sua fala poderia afetar de forma prejudicial o requintado estilo desta grande dama:
"E eu quero dizer mais: Todo mundo aqui já ouviu falar do Gabeira? Já? A maioria! Pois é… Vocês notaram, Aloizio, que o Gabeira…, ninguém fala… Esse, sim seqüestrou! Eu não estou desrespeitando ele. Ao contrário. Mas ele (rindo ironicamente ) seqüestrou. Ele era o escolhido para matar o embaixador. Ninguém fala porque o Gabeira é candidato ao governo do Rio e se aliou com o PSDB. Então, dele, não fala. As pessoas, na sua juventude, lutaram contra essa ditadura, lutaram com o que podiam, como sabiam, como podiam."
Como vem da Marta Suplicy nem posso dizer que é impressionante, afinal trata-se de uma pensadora que já firmou marca, sendo autora de um dos grandes pensamentos políticos da nossa época, o "ele é casado, tem filhos?", da sua campanha para prefeito de São Paulo.
Mas fiquemos no ataque ao Gabeira. Para justificar a atuação de Dilma na luta armada, a candidata petista ao Senado foi buscar comparação com outro guerrilheiro de então e conseguiu a proeza de criar categorias entre os grupos que fizeram a luta armada. Dilma, companheiros lutava pelo bem, pela democracia, já o Gabeira... bem, "ele era o escolhido para matar o embaixador".
Agora temos os guerrilheiros do bem e os guerrilheiros do mal. Nisso, é claro, Marta está apenas seguindo as pegadas históricas de seu partido. Os petistas passaram as últimas décadas rotulando de forma leviana tudo e todos que não atendiam seus interesses. Então por não fazer mesmo na luta armada?
Então havia também na luta armada "os nossos" e os "deles". Se eu lembrar pra Marta que tinha até tucano em grupo guerrilheiro é capaz dessa mulher — com todo o respeito — até gozar.
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POR José Pires
Postado por José Pires às 19:18 0 comentários
O bem e o mal de trabuco na mão
Desculpem o pleonasmo, mas Dilma mente. Tanto ela como o Gabeira lutavam para trocar a ditadura militar por uma muito pior: a ditadura comunista. A diferença com o Gabeira é que ele já fez há bastante tempo a crítica dessa forma de luta e suas motivações políticas.
Dilma não faz nada disso. Ali não tem autocrítica, companheiro. Ao contrário, o discurso político da candidata é de que a luta armada foi a única opção que existia na época, o que é uma mentira histórica. Se quisesse mesmo lutar pela democracia, bastava Dilma ter procurado, por exemplo, o Ulysses Guimarães, ou qualquer outro líder da oposição democrática, o movimento social que acabou criando a pressão da sociedade civil que levou à abertura política, com o fim da didatura.
A luta armada no Brasil atrapalhou a luta pela democracia. Até fortaleceu a posição de grupos radicais mais à direita dentro do regime. Sorte do Brasil que além de equivocada a atuação da esquerda armada foi de uma incompetência similar ao PAC. Não fosse isso e provavelmente teríamos aqui dramas semelhantes ao da Argentina, cujas feridas devem demorar bem mais para cicatrizar.
Marta entrou nesta discussão para fazer cartaz com a militância petista neste início de campanha, mas como tem mão pesada acabou trazendo mais problemas e não o conserto que pretendia. A discussão promete. O que já não era uma dificuldade pequena na campanha petista acabou aumentando de tamanho com a patada da Marta.
E a questão, ao contrário do que os petistas tentam fazer crer, não é de um peso menor nesta eleição. Dilma tem que esclarecer se aquilo lá atrás foi apenas uma barbeiragem política ou se ela ainda tem na cachola o projeto de implantar o comunismo. Isso é importante. Afinal, ela pode vir a ser presidente da República.
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POR José Pires
Postado por José Pires às 18:18 0 comentários
Nova ordem mundial
Postado por José Pires às 11:51 0 comentários
domingo, 16 de maio de 2010
Elogio que envergonha
Postado por José Pires às 13:30 0 comentários
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Norma Bengell e Mandela: o marketing mandando na política
Mas o que é que o Mandela tem a ver com isso? Nada, além de ser do continente de onde vieram os escravos para o Brasil, mas marqueteiro costuma criar essas supostas relações simbólicas que, no fundo, não tem significado algum.
Mas fazem na política o que vinham fazendo na propaganda comercial antes do marketing político começar a dar dinheiro. Propaganda é uma cultura superficial que não admite análise crítica muito apurada de produto algum.
Já imaginaram o Duda Mendonça analisando profundamente uma dessas porcarias que eles vendem nos supermercados para avaliar se aceita ou não fazer a propaganda do produto? Bem, seria o mesmo que pedir que ele avaliasse a honestidade do Maluf. O pobre do Duda estaria hoje com suas comemorações regadas com vinho Sangue de Boi ou coisa pior.
O raciocínio que colocou Mandela na propaganda da candidata do Lula é o mesmo que levou a campanha petista a usar uma foto da Norma Benguell para parecer a Dilma. É simples, nem precisa desenhar. Lá precisavam de uma imagem para caracterizar o perfil feminino da candidata. E como o programa do PT de ontem foi veiculado num 13 de maio, então pegaram um líder negro para fazer figura. Esse deve ser o tal do "elo de ligação" de que tanto falam.
É simples assim. Parece idiota no aspecto intelectual e bem amador até para publicidade. E isso é que é. A técnica indigente é que leva também alguém a escrever aquilo que saiu na boca do Lula, que Dilma tem a "ternura e a sensibilidade dos mineiros e a intrepidez dos gaúchos". O que querem dizer com isso? Me parece que estão dizendo que os mineiros são uns bananas.
Mas o grande problema mesmo é esta superficialidade da propaganda ter contaminado a política em seu todo. Hoje nossos políticos vão apenas no que parece certo para obter ganho eleitoral. E política feita assim deixa de ter sentido, pois atinge apenas fins particulares.
Nem dá para imaginar alguém como Abraham Lincoln baseando-se em pesquisas eleitorais ou qualitativas para tomar algum rumo na política, Bem, nem estaríamos aqui discutindo o assunto, pois se Lincoln não agisse inclusive contra a opinião pública de sua época com certeza o mundo seria outro.
E já que estamos falando em 13 de maio, o exemplo serve também, pois bem sabemos que se dependesse da percepção da sociedade brasileira na época sobre a questão da escravidão a abolição não sairia de jeito nenhum.
Este fenômeno da publicidade tomando a frente da política é trágico, mas não deixa de ser bem interessante. Os publicitários, que de início eram contratados apenas para servir ao interesse eleitoral imediato dos candidatos, são hoje os definidores conceituais e até do conteúdo da política brasileira, pois nossos políticos nunca responsabilidade administrativa. Como não descem do palanque, estão sempre à reboque do marketing.
A gramática da política contaminou-se de tal forma pelo marketing que hoje fica difícil saber se o que sai da boca de um político vem do seu cérebro ou de alguma pena alugada.
Uma função essencial da política é a construção de novidades ainda sem aceitação entre as pessoas. Muitas vezes a ação política tem até de ser contrária a conceitos firmados socialmente. Isso, evidentemente, é impossível de ser obtido com a associação entre política e marketing.
Sem essa qualidade da política fica muito difícil promover avanços políticos e culturais ou em qualquer setor da sociedade. Este papel dos políticos, aliás, é importante até para as atividades de fato comerciais dos publicitários. Dessa forma, a publicidade pode até ter produtos de mercado melhores para vender.
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POR José Pires
Postado por José Pires às 13:31 0 comentários
Aposta no lucro certo
O presidente Lula sabe bem disso. Pegou experiência no assunto nas variadas reuniões partidárias pelo país afora, tendo que ouvir e algumas vezes acatar opiniões das quais ele discordava. São os trâmites partidários e regras de relações de qualquer grupo democrático, um comportamento que é na maioria das vezes objeto de ironia, mas que é o correto. É o que tem ser feito.
No ano anterior a sua eleição para presidente Lula chutou o balde. Disse que só continuava na brincadeira se pudesse contratar um bom marqueteiro, ter bastante dinheiro pra campanha e fazer o que bem quisesse. E como deu certo, nunca mas ele aceitou outra coisa.
Deu certo pra eles, é claro, porque para o país... Ora, companheiros, mas o que é o país em relação a um projeto como nunca houve neste país desde Cabral, ou melhor, até um pouquinho antes desse português que, a exemplo de D. Pedro II, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck, João Goulart, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, nunca soube o que é bom para o Brasil.
Nesta questão de legalidade e padrões morais, Lula e seus companheiros continuam chutando o balde até hoje. E como o ingrediente ativo deste jogo sujo é a impunidade, algo sempre certo na política brasileira, não tem como errar. É menos uma questão de sorte e muito mais de ter a cara-de-pau para fazer a safadeza.
Então acabam ganhando mais do que aplicando na Bolsa em papéis de empresas de áreas de seu domínio político.
Ontem o Tribunal Superior Eleitoral resolveu pela punição do PT pelo programa exibido em dezembro do ano passado. Não foi um programa eleitoral tão descarado quanto o que foi exibido pelo partido também no dia de ontem, mas só porque enquanto esgarçam as malhas da lei eles vão avançando mais e mais na ilegalidade.
O programa do ano passado que motivou a punição era também um absurdo. Nada tinha de partidário. Era propaganda eleitoral da candidata Dilma fora do prazo legal e usando um horário do PT concedido para fins partidários.
E ficou barato. A multa para o PT é de R$ 20 mil para o partido e a de Dilma Roussef é de R$ 5 mil. O PT terá cassado também o horário semestral do partido, mas (não, não é piada...) isso será só em 2011, bem depois desta eleição onde esperam colher o resultado da maracutaia. Imaginem quanto tempo não seria consumido para que a candidata do Lula conquistasse algo parecido pelos meios legais. E, também, R$ 25 mil reais chega a ser ridículo numa campanha que deve custar, por baixo, R$ 150 milhões.
Não falei que dá lucro desrespeitar a lei? Só falta o Duda Mendoça para fazer como na primeira eleição do Lula e mandar trazer um Romanée Conti, o vinho mais caro do mundo, para a comemoração do feito. Se é que falta.
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POR José Pires
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