
No meio desse fracasso vai ficar feia a credibilidade profissional do ministro Joaquim Levy. É interessante a sua gradual desmoralização. Quando foi nomeado ele trazia a imagem do fiador que garantiria boas relações com o chamado mercado. Isso parece conversa de mafioso, mas é o assunto que sempre aparece numa crise. Levy teria o poder de amaciar os rapazes da outra escola de Chicago, não a de Al Capone. Houve até a cogitação da sua permanência no cargo, caso Dilma sofresse o impeachment. Os tucanos foram os que mais se animaram, numa atitude muito besta, apesar de típica de tucano. Nem vou fazer juízo de valor sobre a qualidade de Levy como economista, mas o papo é idiota. E mesmo indo por este raciocínio tolo, que exige acreditar que a dificuldade brasileira se restringe a ter um bom condutor no ministério da Fazenda, ainda assim haveria muita gente mais apropriada ao cargo que Joaquim Levy.
O mixo pacote acabou com o que restava da credibilidade do ministro. Ele até poderá depois revelar todas as dificuldades de trabalhar com Dilma, uma pessoa que todos sabem ser intratável, porém isso não vem agora ao caso. Ninguém tem dúvida também de que foi o PT que aprontou essa quebradeira. Porém, ele é o ministro e tudo leva sua assinatura. Quando entrou, já sabia que teria de se arranjar, em meio a incompetentes e gatunos compulsivos. E aí está: no resultado final, seu trabalho não vem tendo boa avaliação de parte alguma. O ministro não encantou. Pobre Levy. Não é difícil até mesmo que haja sua substituição por outro ministro, com ele levando a fama de não ter tido capacidade para o cargo nesta situação difícil da economia brasileira.
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POR José Pires
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