Na Argentina, o presidente eleito Alberto Fernández celebrou a soltura de Lula. Estavam com ele o ogro disfarçado de bom velhinho José Pepe Mujica, do Uruguai, e Ernesto Samper, ex-presidente da Colômbia. Posaram para fotografia fazendo o gesto do “L”, sem notar ou fazendo de conta que não sabem que para quase todos os brasileiros este é o gesto de ladrão. Esta percepção inclui inclusive brasileiros que votaram em Fernando Haddad no segundo turno da última eleição, apenas por rejeição ao candidato Jair Bolsonaro.
O presidente eleito da Argentina segue a velha prática de provocação da esquerda argentina que causou uma violência espantosa naquele país há algumas décadas. Agora o desrespeito é com o Brasil. Fernández e seus cupinchas podem até pensar que irritam seu inimigo Bolsonaro, mas na verdade afrontam a maioria dos brasileiros, mesmo os que sabem que Bolsonaro e o kirchnerista Fernández se nivelam em más intenções, cada qual fazendo mal a seu país. Mas infelizmente a postura até idiota do presidente eleito da Argentina bota fogo nas relações do nosso continente, quando todos os países deveriam buscar soluções de interesse conjunto, para o enfrentamento desta grave crise que assola o mundo.
Porém, existem as vozes do bom senso, uma delas felizmente soando exatamente no governo Bolsonaro, de onde pode-se temer o surgimento de reações que complicariam o que já ficou muito difícil de administrar depois desta decisão irresponsável do STF. Neste sábado o ministro da Justiça, Sergio Moro, se manifestou no Twitter sobre a derrubada pelo STF da prisão após condenação em segunda instância.
Moro escreveu: “Lutar pela Justiça e pela segurança pública não é tarefa fácil. Previsíveis vitórias e revezes. Preferimos a primeira e lamentamos a segunda, mas nunca desistiremos. A decisão do STF deve ser respeitada, mas pode ser alterada, como o próprio Min. Toffoli reconheceu”.
Cabe apontar a importância de que esta manifestação de equilíbrio venha do homem que do ponto de vista pessoal e político encarna na visão da esquerda o foco da sua confrontação com a Justiça, nesta toada perigosa de Lula e seu partido, que atropelaram os próprios passos, excedendo de forma irresponsável os limites da sua lamentável crença de que os fins justificam os meios. O Brasil já conhece bem como acaba esse tipo de coisa. Os bravateiros correm apavorados para o exterior, deixando com os democratas brasileiros a tarefa de resolver as encrencas criadas pela irresponsabilidade de uma esquerda cujo espírito ainda está preso aos anos 60 e 70 do século passado.
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POR José Pires
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Imagem- Foto de Fernando Frazão, Agência Brasil
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