quarta-feira, 3 de abril de 2019

Hitler e outros ditadores de esquerda adorados por Bolsonaro

Essa constatação extraordinária de Jair Bolsonaro de que o Nazismo foi de esquerda cria sérias suspeitas sobre seu fascínio por figuras como o ditador paraguaio Alfredo Stroessner e o ditador chileno Augusto Pinochet, ambos comprovadamente simpatizantes do regime comandado por Adolf Hitler e que submeteram seus países a práticas muito parecidas com o que foi feito pelas tropas nazistas por toda a Europa.

Stroessner esteve no poder durante 35 anos e durante este tempo o Paraguai foi refúgio seguro de líderes nazistas em fuga. Eduard Roschmann, responsável pela morte de 30 mil judeus na Letônia teve a guarida da ditadura paraguaia. E o criminoso nazista Josef Mengele, médico que usava seres humanos como cobaias para experimentos sádicos, também levou uma vida boa sob a proteção de Stroessner.

No Chile, o ditador Pinochet era amigo do alemão Paul Schaefer, médico das Forças Armadas alemãs durante a Segunda Guerra Mundia que migrou para o Chile, onde fundou com outros nazistas nos anos 60 a "Colônia Dignidade". Durante a ditadura chilena o lugar serviu como um centro clandestino de torturas da Dina — o serviço secreto e órgão de repressão política do regime. Durante todo o tempo que manteve a "Colônia Dignidade", Schaefer praticava a pedofilia com crianças da região, para cujos pais ele prometia educação gratuita.

Conforme a lógica torta de Bolsonaro, se Hitler era de esquerda, Stroessner e Pinochet teriam de ser considerados do mesmo modo. Não quero alimentar teorias conspiratórias, mas com esses ídolos comunas, será que Bolsonaro também não é de esquerda?
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POR José Pires

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