Como se sabe, a complicação começou com o reitor da Universidade Nacional de Rosário, Franco Bartolacci, afirmando no Twitter que Decotelli não havia concluído o doutorado naquela universidade, não tendo, portanto, direito ao título de doutor. No anúncio da nomeação, o presidente Jair Bolsonaro havia destacado o doutorado do novo ministro.
Decotelli também mencionava o doutorado no seu currículo Lattes. Acontece que após ser reprovado no exame de qualificação pela banca de doutorado na universidade da Argentina ele nunca chegou a defender oralmente a tese. Depois de uma tentativa de abafar a escandalosa mentira, o ministro retirou do Lattes o doutorado.
Porém, havia também a menção a um pós-doutorado pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha, citado inclusive por Bolsonaro. E aí é que está: sem o doutorado como poderia haver um pós-doutorado?
Isso também já foi esclarecido pelo jornal O Globo. A Universidade de Wuppertal informou que o ministro não concluiu nenhum programa de pós-doutoramento. Nesta segunda-feira, Decotelli apagou de seu currículo Lattes também o “pós-doutorado” na Alemanha.
Agora só falta Bolsonaro reconsiderar sua decisão e desnomear o ministro. A menos que o presidente acredite que pode assumir o cargo um sujeito que vinha fraudando até agora qualificativos essenciais na sua profissão e da pasta para a qual foi designado.
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POR José Pires
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