sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Coisa de profissional

Uma das profissões mais vantajosas do Brasil é a de político. São pessoas que não saem de cargos públicos. Muitas vezes esses profissionais são desalojados de cargos maiores por causa de escândalos ou mesmo pela derrota eleitoral, mas sempre dão um jeito de se encaixar em algum cargo, muitas vezes totalmente incoerentes com qualquer estratégia política. Bem, se é que a estratégia desse tipo de profissional não é apenas grudar nas tetas do Estado.

Neste aspecto, em épocas de eleições surgem revelações surpreendentes. Agora, com a eleição para prefeito no Rio de Janeiro, por exemplo, ficamos sabendo onde se aboletava a ex-deputada Jandira Feghali, que havia sumido do noticiário depois de tentar ser senadora pelo Rio de Janeiro. Senadora ou governadora? Ai, meu São Google que me ajude.

Que dúvida... Sei que foi em 2006, mas não importa, deixe São Google pra lá. Qualquer coisa serve para o político profissional, pois estão preparados para tudo. Alckmin, o Geraldo tucano, outro exemplo excelente, estava pronto para ser o melhor presidente da República que o País já teve, mas agora se contenta em ser o prefeito de São Paulo.

Mas eu falava de Jandira Feghali, que agora é candidata a prefeita do Rio. Pois até agora, poucos meses antes de se lançar candidata, a ex-deputada ocupava a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da cidade de Niterói. Passou todo esse tempo em Niterói, mas pelo jeito com o domícilio eleitoral no Rio. Ou mudou o título agora?

E como agora a ex-deputada quer ser prefeita do Rio, temos que perguntar onde está a estratégia. De secretária de Desenvolvimento de Niterói para prefeita do Rio é um percurso político estranho. Não é tão simples como atravessar a Ponte Rio-Niterói.
Feghali é uma forte liderança do PCdoB, velho partido stalinista. Os stalinistas são mais conhecidos pelas matanças históricas do que por qualquer estratégia comunista de mais valia, mas pelo menos os stalinistas nativos deveriam mostrar um melhor desempenho estratégico, mas não é o que se vê na trajetória da candidata do PCdoB.

E não me perguntem porque ela não quer ser prefeita de Niterói em vez de tentar a prefeitura do Rio. Talvez ela não se sinta preparada para governar uma cidade menor. Profissional tem dessas coisas.
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POR José Pires

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