quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Simbolismos para todos os gostos



Que a posse de Barack Obama ontem foi um marco já se escreveu muito por aí, apesar de que, na minha visão, o sinal de demarcação mais importante não é a cor da pele do novo presidente dos Estados Unidos mas sim o divisor de águas que seu mandato significa para um sistema político dominante desde a Segunda Guerra Mundial e que hoje tem um desafio crucial no terrorismo internacional, na crise econômica e nos problemas ambientais criados por seus próprios padrões políticos e econômicos.

Mas viveremos a partir dessa terça-feira um período interessante em que o mundo vai buscar sentido para o que pode acontecer a partir da matriz mais importante do capitalismo internacional. Aparecerão muitas comparações e serão desencavados os mais variados simbolismos.

Antes mesmo de Obama sentar na cadeira presidencial já vimos issso bastante aqui no . Tem até quem tente forçar a barra tentando estabelecer analogias entre Obama e o presidente Lula, com o próprio Lula, claro, buscando se favorecer com tal comparação.

Enfim, cada país busca em sua realidade aspectos simbólicos para fixar na imagem de Obama, claro, como acontece com esta sacada muito boa que vem da Espanha.

Lá, alguém criou uma teoria baseada em ciclos de 30 anos em que um dirigente nefasto é desapeado do poder. É apenas humor evidentemente. E até que ficou bom. Começa em Hitler, em 1945 e vai até o final do governo de George W. Bush. Serve só para a Espanha, caindo lá como uma luva para a morte do ditador Francisco Franco e o final de um regime político retrógrado que manteve os espanhóis “encadenados” durante muitos anos.

E nem é preciso traduzir a peça, pois num aspecto a cultura deles é bem próxima da brasileira: a canalha do mal é chamada lá pelo mesmo nome que usamos aqui.
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POR José Pires

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