sexta-feira, 20 de março de 2009

Popularidade em queda. Que tal cair no trabalho?

Espero que a queda da popularidade do presidente Lula faça acender uma luz vermelha no Planalto e essa gente comece a trabalhar. Pesquisa do Datafolha divulgada hoje taxa mostra que sua taxa de aprovação caiu de 70% para 65%.

Ainda que tarde a crise começa a atingir consciência do brasileiro e talvez isso baixe a bola do Lula. E antes que alguém me acuse de estar torcendo contra, já explico minha visão de que uma situação menos cômoda para Lula seria um bem para o país. Nenhum governo funciona bem sem trabalhar sob o crivo de uma discussão crítica de qualidade vinda da sociedade civil.

Informação e conhecimento são o combustível de um governo de qualidade. É também o ingrediente básico de um país idem. Mas seria um estorvo para um governo cujas ações tem um foco mais eleitoral que qualquer outra coisa. Daí o investimento petista na desinformação, na falsa dicotomia PT-Tucanos, e no estabelecimento de um falso otimismo entre os brasileiros.

A receita é simples. Quando o brasileiro perceber o tamanho do rombo 2010 já passou. É parte da receita evidentemente que aí Dilma Rousseff esteja com a faixa presidencial.

É na desinformação que eles reinam. Onde se concentram a maioria dos beneficiários da Bolsa Família, o Nordeste, Lula tem 77% de aprovação. Teve uma queda também, quatro pontos a menos que no levantamento anterior, mas o governo ainda está por cima onde o ser humano precisa de esmola oficial para viver. Como Lula deve ser conhecido por lá? O homem da Bolsa Família, coroné Lula? É um jeito estranho de ficar na história.

Lula teve uma queda no geral, explica o Datafolha, mas o índice de 65% ainda é a maior aprovação obtida por todos os demais presidentes desde o advento das eleições diretas. E, para mim, outro número que explica é calcado também na falta de informação.

O Datafolha mostra que o percentual de vrasileiros que tomaram conhecimento da crise ainda é pequeno. Foi de 72% para 81%. Espera aí, mas é quase 100% de conhecimento. Aí que está. Porém, entre esses 81% somente 19% dizem estar informados a respeito. O instituto de pesquisa nem poderia se aprofundar tanto, mas eu pergunto: quantos entre esses 19% tem de fato conhecimento sobre a interferência desta crise não só em nosso cotidiano, mas em todas as projeções futuras?
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POR José Pires

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