Jota Este cartum é uma síntese da realidade atual inserida nos porões (ou banheiros) dos aparelhos estatais, não só policiais. Interessante que serve também como metáfora para situações semelhantes, mas que não necessariamente a tortura ocorre fisicamente. A principal tortura, hoje, é a da chantagem, contudo a brutalidade é a mesma. Se chantageia para contar, não contar, e para parar de contar. Ainda bem que é difícil achar a medida exata. É nesta falta de precisão que se escapa uma ou outra informação, que ao vir à tona se avoluma com outras tantas, que às vezes sequer faziam sentido. Isto é o que permite haver algum - pequeno é verdade - controle sobre a máquina governamental. É provável que ninguém tenha presenciado um diálogo deste teor. Porém, alguma dúvida que ele tenha ocorrido de uma forma ou de outra, explicita ou implicitamente? É uma realidade por detrás de outra realidade. As questões atinentes a corrupção, sobretudo aquelas recentes, pode-se fazer deduções muito parecidas, e ninguém se arriscaria a dizer que a ilação é ilegítima. Penso que é possível escrever muitas laudas sobre as sensações e as reflexões que o desenho e o texto causa. Sem contar aquelas que brotam de uma intuição, sem esforço, que não se exprime por palavras. É melhor curtir do que descrever...
Jorge Luis Borges e "O Aleph" brasileiro de Paulo Coelho
Há alguns dias soube que Paulo Coelho estava para publicar um novo livro, cujo lançamento oficial é neste sábado. O nome é "O Aleph" e foi uma surpresa para mim... (Leia mais, clicando na imagem)
José Pires, também conhecido como Jota, é jornalista, cartunista e artista gráfico. Como cartunista, foi premiado nos Salão de Piracicaba e no Salão de Humor do Piauí, tendo participado também de vários salões internacionais. Em 1980 foi premiado no Salão de Humor do Canadá. Jota já publicou na Folha de S. Paulo, onde fez parte do Folhetim e da Folha Ilustrada, suplementos modernizadores do jornalismo cultural brasileiro. Publicou também em O Estado de S. Paulo, onde durante cerca de dois anos publicou uma coluna de humor no suplemento diário Caderno 2.
Já publicou também na antiga Última Hora, de São Paulo, Correio Popular, de Campinas, Gazeta de Pinheiros, no semanário Primeira Mão, nas revistas Visão, Repórter Três, Tênis Esporte e no jornal paranaense Folha de Londrina.
Entre as décadas de 70 e 80, participou ativamente da imprensa alternativa brasileira, de oposição à ditadura militar. Foi da equipe do jornal Movimento, um dos mais importantes órgãos de imprensa durante o regime, de seu primeiro número, em 1975, até seu fechamento em 1981. Publicou também em O Pasquim e no jornal Ex e participou da revista Versus, além de outras publicações de oposição ao regime militar.
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Jota
Este cartum é uma síntese da realidade atual inserida nos porões (ou banheiros) dos aparelhos estatais, não só policiais.
Interessante que serve também como metáfora para situações semelhantes, mas que não necessariamente a tortura ocorre fisicamente.
A principal tortura, hoje, é a da chantagem, contudo a brutalidade é a mesma. Se chantageia para contar, não contar, e para parar de contar. Ainda bem que é difícil achar a medida exata. É nesta falta de precisão que se escapa uma ou outra informação, que ao vir à tona se avoluma com outras tantas, que às vezes sequer faziam sentido.
Isto é o que permite haver algum - pequeno é verdade - controle sobre a máquina governamental.
É provável que ninguém tenha presenciado um diálogo deste teor. Porém, alguma dúvida que ele tenha ocorrido de uma forma ou de outra, explicita ou implicitamente? É uma realidade por detrás de outra realidade.
As questões atinentes a corrupção, sobretudo aquelas recentes, pode-se fazer deduções muito parecidas, e ninguém se arriscaria a dizer que a ilação é ilegítima.
Penso que é possível escrever muitas laudas sobre as sensações e as reflexões que o desenho e o texto causa. Sem contar aquelas que brotam de uma intuição, sem esforço, que não se exprime por palavras.
É melhor curtir do que descrever...
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