A Dilma Bolada já caiu, agora só falta a Dilma mesmo. Foi dispensado o publicitário que ganhava uma bolada para fazer a "Dilma Bolada", perfil que fazia humor a favor de Dilma Rousseff. Jeferson Monteiro recebia um salário de 20 mil reais pela "Dilma Bolada", que começou no Facebook, falsamente criada como se fosse uma iniciativa individual. Mas o perfil foi sempre do esquema publicitário governista. Agora Jeferson Monteiro está querendo dar ares de rompimento político à dispensa. No Facebook, ele faz de conta que está rompendo com Dilma e que está saindo por motivos éticos. Não foi um mero pé na bunda, entendem? Já é uma antecipação das queixas que virão do Renato Janine Ribeiro, outro governista virtual que recebeu o bilhete azul. O ministro da Educação é outro que só existia no Facebook.
Não tem jeito. Humor a favor sempre acaba assim, em piada pronta. Um trecho do que Jeferson Monteiro escreveu no Facebook, com jeitão de manifesto: "Dilma não precisa do meu apoio no Governo dela, nem o meu e nem do apoio de ninguém que votou nela. Afinal, para ela só importa o apoio do PMDB e de parte do empresariado para que ela se mantenha lá onde está. Trocou o Governo pelo cargo". O cara saiu da base aliada. Ele e o Eduardo Cunha. O texto do publicitário parece piada da Dilma Bolada, até porque o humor da página era desse jeito bem fraco. Procurando se aproveitar da dificuldade que é identificar o que de fato é real nesse governo, ele pretende "ganhar perdendo", como disse a Dilma — não a Bolada, mas a própria. Porém, a verdade é bem diferente: Governo fake dispensa perfil fake, que resolve apelar para um rompimento fake.
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POR José Pires
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