Nesse domingo o fantástico veio mais cedo, na participação no "Programa do Faustão" do ator José de Abreu, que criou fama por suas atuações grosseiras na internet e agora também nos bares. O cara é mesmo fantástico. O medidor de audiência da Globo deve se mexido muito porque alongaram bastante o tempo da entrevista. Pena que não tenham acionado também o detector de mentiras. Aí é que o salto iria ser muito maior. José de Abreu é o tipo de mentiroso que é até engraçado, ainda que o humor involuntário dele seja também grotesco. Ele vai se animando com o que diz e se enrola cada vez mais, sem tomar nenhum cuidado com a veracidade do que fala. Suas justificativas são tão incoerentes que mesmo ele sendo atualmente um dos maiores canalhas nessa onda petista de patifarias, mesmo assim sua performance causa vergonha alheia. O que se pode dizer de alguém que cospe em uma mulher e depois vai para a televisão dizer que fez isso por que ela — a mulher! — foi machista?
No Faustão desse domingo pode-se dizer que José de Abreu cuspiu pro alto e ficou embaixo. Politicamente sua entrevista foi um desastre, mas é provável que ele nem tenha notado o estrago disso para o governo do PT, partido ao qual sua imagem é de imediato associada, numa relação que nem dá mais para saber qual o lado que sai mais prejudicado. Já faz tempo que suas intervenções vêm dando um resultado inverso ao que ele pensa que proporciona ao PT, ao Lula e para o governo Dilma. Na política, Abreu está igual a político com rejeição excessiva, aquele que o adversário faz questão de lembrar que está com o outro candidato.
O sujeito é tão grosseiro que às vezes parecem até falsas as coisas que ele escreve ou fala, como se fossem inventadas pelos adversários ou por humoristas que criam notícias em forma de piada. Recentemente ele comentou de forma tão desrespeitosa noTwitter sobre a morte do jornalista Sandro Vaia que cheguei até a pensar que fosse um perfil fake. Mas era ele mesmo. É o caso perfeito de "o estilo é o homem", daí ele acreditar que pode melhorar sua credibilidade fazendo dramalhão com coisa séria na emissora de maior audiência. Qualquer semelhança com as grosserias do partido que ele adora não é coisa de novela, não. É a vida real que vem se impondo às mentiras que esse pessoal tentou impor aos brasileiros.
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POR José Pires
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