Lembram daquele brincadeira de ligar os pontos que vinha em revistas da nossa infância? Na política e nos negócios também podem ser revelados panoramas interessantes quando ligamos os pontos.
Vamos lá então, de caneta na mão. Em março deste ano Henrique Meirelles foi nomeado presidente do conselho de administração da J&F, holding de empresas que controla o frigorífico JBS, o maior frigorífico do mundo. No Brasil, o JBS vem esmagando pequenos frigoríficos pelo país afora e tomando conta do mercado com uma voracidade que o governo faz de conta que não vê. Mas, sigamos ligando os pontos.
Henrique Meirelles foi o presidente do BC com mais tempo no cargo na história da instituição. Reinou de 2003 a 2010, durante os dois governos de Lula. Hoje o BC é presidido por Alexandre Tombini, que foi o braço direito de Meirelles na sua gestão.
As negociações para a contratação de Meirelles pelo Grupo JBS ocorreram em 2011, ao longo do período de quarentena imposto legalmente ao mais longevo presidente do BC. A força econômica do JBS vem de um imenso apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que hoje é o maior sócio do frigorífico.
O banco estatal tem mais de um terço de participação na empresa. Desde 2007 o BC já liberou 8,1 bilhões em quatro operações com o JBS e também entrou com dinheiro em outras empresas do holding presidido por Meirelles, como o financiamento de R$ 2,7 bilhões para a Eldorado Celulose e Papel.
José Batista Júnior é o dono do Grupo JBS. A empresa começou em 1953 de um pequeno açougue, em Anápolis, Goiás, e hoje domina um setor altamente estratégico da nossa balança comercial.
Mas, Batista Júnior tem interesse também na política. Lá em Goiás, ele é vice-presidente do PSB, partido que sempre foi da base aliada do governo petista. Ele pretende ser candidato ao governo estadual em 2014. E por coincidência, Meirelles também é de Goiás.
E sigamos ligando os pontos. Já demonstrei aqui que o atual quadro político do estado de Goiás faz muito mal ao fígado do ex-presidente Lula. O permanente chefão petista quer a destruição do governador Marconi Perillo (PSDB), principalmente porque lá atrás o político goiano afirmou que Lula sempre soube do mensalão.
Movido pelo fígado, Lula ordenou aos seus aliados a abertura da CPI do Cachoeira, um desatino político que fez surgir nas manchetes uma empresa muito poderosa, que até então era conhecida apenas nos bastidores das lucrativas empreitadas de obras públicas. Trata-se da empreiteira Delta Construções, empresa com vasta lista de obras do governo federal, que vem desde o governo Lula.
A Delta não tinha ex-presidente do Banco Central no comando, mas com o anúncio da CPI do Cachoeira começaram a surgir evidências de que nem precisou disso para ter um imenso crescimento. Desde 2007 ela é a empresa que mais recebe verbas orçamentárias do Executivo. Já surgem até boatos de que o interesse de Lula na empresa não é só político. Mas, enfim, os escândalos tornaram a Delta um problema político e administrativo para o governo do PT, de tal forma que para amenizar os estragos políticos e dar continuidade às obras públicas era obrigatório sua venda para outra empresa.
E aqui concluimos a ligação dos pontos: a Delta foi comprada pelo Grupo JBS.
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POR José Pires
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Vamos lá então, de caneta na mão. Em março deste ano Henrique Meirelles foi nomeado presidente do conselho de administração da J&F, holding de empresas que controla o frigorífico JBS, o maior frigorífico do mundo. No Brasil, o JBS vem esmagando pequenos frigoríficos pelo país afora e tomando conta do mercado com uma voracidade que o governo faz de conta que não vê. Mas, sigamos ligando os pontos.
Henrique Meirelles foi o presidente do BC com mais tempo no cargo na história da instituição. Reinou de 2003 a 2010, durante os dois governos de Lula. Hoje o BC é presidido por Alexandre Tombini, que foi o braço direito de Meirelles na sua gestão.
As negociações para a contratação de Meirelles pelo Grupo JBS ocorreram em 2011, ao longo do período de quarentena imposto legalmente ao mais longevo presidente do BC. A força econômica do JBS vem de um imenso apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que hoje é o maior sócio do frigorífico.
O banco estatal tem mais de um terço de participação na empresa. Desde 2007 o BC já liberou 8,1 bilhões em quatro operações com o JBS e também entrou com dinheiro em outras empresas do holding presidido por Meirelles, como o financiamento de R$ 2,7 bilhões para a Eldorado Celulose e Papel.
José Batista Júnior é o dono do Grupo JBS. A empresa começou em 1953 de um pequeno açougue, em Anápolis, Goiás, e hoje domina um setor altamente estratégico da nossa balança comercial.
Mas, Batista Júnior tem interesse também na política. Lá em Goiás, ele é vice-presidente do PSB, partido que sempre foi da base aliada do governo petista. Ele pretende ser candidato ao governo estadual em 2014. E por coincidência, Meirelles também é de Goiás.
E sigamos ligando os pontos. Já demonstrei aqui que o atual quadro político do estado de Goiás faz muito mal ao fígado do ex-presidente Lula. O permanente chefão petista quer a destruição do governador Marconi Perillo (PSDB), principalmente porque lá atrás o político goiano afirmou que Lula sempre soube do mensalão.
Movido pelo fígado, Lula ordenou aos seus aliados a abertura da CPI do Cachoeira, um desatino político que fez surgir nas manchetes uma empresa muito poderosa, que até então era conhecida apenas nos bastidores das lucrativas empreitadas de obras públicas. Trata-se da empreiteira Delta Construções, empresa com vasta lista de obras do governo federal, que vem desde o governo Lula.
A Delta não tinha ex-presidente do Banco Central no comando, mas com o anúncio da CPI do Cachoeira começaram a surgir evidências de que nem precisou disso para ter um imenso crescimento. Desde 2007 ela é a empresa que mais recebe verbas orçamentárias do Executivo. Já surgem até boatos de que o interesse de Lula na empresa não é só político. Mas, enfim, os escândalos tornaram a Delta um problema político e administrativo para o governo do PT, de tal forma que para amenizar os estragos políticos e dar continuidade às obras públicas era obrigatório sua venda para outra empresa.
E aqui concluimos a ligação dos pontos: a Delta foi comprada pelo Grupo JBS.
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POR José Pires
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Imagem: Lula e Meirelles, quando trabalhavam juntos oficialmente.
Um comentário:
O homem é um ser composto (syntheton) de psyché e de sôma.
Um zôon logikón é um zôon politikón por ser exatamente um zôon logikón, sendo a vida ética e a vida política arte de viver segundo a razão (katá tón lógon zen).
Segundo Platão, o aí descrito acima. Abaixo reflito com, não como, mas talvez possa ser como, ou até que seja, como, verdade e franqueza, Ética e política arte de viver, à seu favor. Dentro do certo e errado da espiritual evolução humana.
Até agora tudo não passou de Um zôon logikón é um zôon politikón aplicando sua ética e política.
Cabe medir seu, se existir ou existiu, "falso moralismo", como fizeram com o do Demóstenes. Para verem se o atiram de boi de piranha para salvar Serra e sua trupe. Senão, a boiada é grande e não fica difícial encontrar outro para tapear as piranhas.
Não confundam piranhas como as donzelas de certos hábitos comuns, não regras, às donzelas. Menos ainda às mídias mercenárias que precisam de sangue para aplacarem a ira que levantaram nas massas de no fundo, falsos-moralistas julgadoras sedentes de sangue para aplacarem a própria-hipocrisia.
Saber com antecedência onde isso vai parar ou quem será o próximo boi de piranha só Deus ou quiçá, uma Feiticeira de esquerda; http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ saberá quem "Serra" empurrará da beira do Araguaia às suas piranhas n´água. Marconi Perillo? Só se a coisa apertar muito pro lado do Serra (apontador dos psdbistas a sacrificar) e sua trupe de PSDBistas paulistas particular. De qualquer forma a ètica e política falso-moralista caiu eternamente como sempre caíra em quem ousar usá-la e aliviou o cidadão comum. Sem precisar comungar porque eles sim são zôon logikón que é um zôon politikón praticantes da política de boa vizinhança à favor de todos, sem jamais usar a falsa e traiçoeira, ética. E se Marconi Perillo têm que se preocupar com algum inimigo é em casa, pois como Aécio Neves tem que superar Serra´s pelo caminho, Goiás também as têm e nem tão íngrimes e pedregulhosas.
José da Mota
P.S. Construindo meu Blog, ensaio dos primeiros passos. http://queimadopassadofogodeaguia.blogspot.com.br/ (Em construção)
"Maríri queima peso do passado à águia. À Renovação."
15 de julho de 2012 07:08
Comentário feito originalmente (com mudanças) no Blog Altamiro Borges ao artigo "Época detona Perillo. Agora fedeu!":
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