sexta-feira, 17 de maio de 2019

José Dirceu de volta para o xilindró

Nesta quinta-feira tivemos pelo menos uma notícia que rende algum respeito à Justiça. Foi negado pelo TRF-4 recurso que pedia a prescrição da pena de 8 anos e 10 meses do ex-ministro petista José Dirceu na segunda condenação na Lava Jato. Foi expedido ofício para cumprimento imediato da prisão do chefão petista e nesta sexta-feira ele se apresentou à Polícia Federal, em Curitiba, para o cumprimento da pena.

O relatório da desembargadora Cláudia Cristofani, aprovado por unanimidade, traz um trecho que merece ser lembrado. “Não há que se falar em prescrição retroativa para os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro”, ela escreveu.

É preciso mesmo acabar com um monte de facilidades para os criminosos e entre as mamatas está a prescrição, que merece ser repensada. Crime de corrupção não tem que ter prescrição. Mas existem outras leis que favorecem o crime. Dirceu será beneficiado por ter mais de 70 anos na data da sentença. Isso é outra coisa que devia acabar.

A revista Veja já havia publicado uma notícia sobre um encontro ontem à noite em homenagem a Dirceu, em clima de despedida. Compareceram 350 pessoas, incluindo todos (eu disse TODOS) os deputados e senadores do PT. Isso explica a articulação da esquerda contra qualquer tentativa de impor rigor no combate ao crime, especialmente o de corrupção. Entende-se também a indignação esquerdista contra a prisão em segunda instância. Pelo bem estar de seus chefões, esse pessoal é capaz de relevar a libertação de assassinos, estupradores e outros criminosos cruéis que seriam soltos caso caia a prisão em segunda instância.
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POR José Pires

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Imagem- Dirceu em junho de 2018, em foto de Marcelo Camargo, Agência Brasil

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