quinta-feira, 20 de junho de 2019

A família Maluf, Lula livre e a luta pela volta da impunidade

Três filhos de Paulo Maluf foram condenados pela juíza Silva Maria Rocha, da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo, pelo crime de lavagem de dinheiro. Flávio Maluf foi sentenciado a oito anos de prisão em regime fechado. Ligia Maluf Curi e Lina Maluf Alves da Silva foram condenadas a quatro anos de reclusão, mas em regime semiaberto.

A condenação tem relação com o recebimento de propinas quando Maluf foi prefeito de São Paulo. A dinheirama dessa corrupção girou pelo exterior, nos esquemas de lavagem de dinheiro, que há alguns anos levou às condenações de Flávio e seu pai pela Justiça da França. Pai e filho já foram réus pelo mesmo crime nos Estados Unidos, quando Maluf teve seu nome incluído na lista de procurados da Interpol. Em 2005, Flávio e Paulo Maluf também ficaram presos no Brasil, durante 40 dias. A família de Maluf também já foi condenada pela Justiça britânica a devolver uma fortuna de quase R$ 80 milhões à Prefeitura de São Paulo. E Maluf está atualmente em prisão domiciliar.

A condenação de agora de Flávio Maluf e as duas irmãs serve para dar uma ideia do ritmo vagaroso que um processo pode ter no Brasil, quando o acusado tem muito dinheiro e boas relações políticas. Esta ação já está com mais de 12 anos. Como a condenação é de primeira instância, os três filhos de Maluf podem apelar em liberdade.

E os velhos tempos da impunidade podem voltar com ainda mais vigor, caso dê certo o plano da esquerda de derrubar a prisão em segunda instância. Ninguém mais irá para a cadeia com uma segunda condenação. Se for atendido o desejo do PT e de seus puxadinhos como o Psol e assemelhados, que querem a liberdade de Lula, então o clima de impunidade que será criado no país vai fazer voltar os velhos esquemas de impunidade, no qual processos de ricaços jamais chegam ao fim.
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POR José Pires

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