quinta-feira, 20 de agosto de 2020

As ambiguidades do eterno interino do Ministério da Saúde

Nesta quinta-feira o general Eduardo Pazuello vai deixar o comando da 12ª Região Militar. Ele já está no Amazonas para a passagem do comando, que abrange Amazonas, Rondônia e Roraima.

 

Pazuello mantém-se como ministro interino da Saúde, algo que em plena pandemia com um registro oficial já superando 110 mil mortes só é possível em um governo comandado por um sujeito inepto e irresponsável como Jair Bolsonaro, sobre o qual inclusive, já que falamos em saúde, pesam suspeitas de ser um psicopata.

 

Mas voltemos ao ministro interino — que chegou a ser oficializado por decreto. Ele é interino desde maio. Dentro de poucos dias a pasta vai completar 100 dias sem titular.

 

É óbvio que é uma condição de desprestígio, mas parece que a Pazuello bastam os ótimos proventos e a ilusão de poder pessoal. Tem também a grave questão do comprometimento da imagem do Exército Brasileiro na gestão de uma pandemia que internacionalmente é vista como uma das piores do mundo, mas dá a impressão de que isso não preocupa o general.

 

Com o anúncio de Luiz Eduardo Ramos de que vai para a reserva, Pazuello ficará como único general da ativa entre os ministros do governo, mas ele já afirmou que não pretende abrir mão da carreira no Exército, indo para a reserva, conforme já foi pedido pelas Forças Armadas.

 

Desse modo, criou-se uma situação até cômica: além de interino na Saúde, Pazuello é na prática um general interino.

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POR‌ ‌José‌ ‌Pires‌


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