Hay que calumniar
Mas Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi estão pouco se importando com a veracidade histórica. Ambos são colunistas da Veja, sendo que Azevedo publica também um blog no site da revista. Para os dois, o que vale é o adjetivo supostamente engraçado. Azevedo chama Guevara o tempo todo de Porco Fedorento. Parece se divertir com a coisa.
A idéia central, porém, não é nada jocosa. A intenção da revista e agora de seu colunista é pegar Che Guevara pelo lado mais difícil. Querem provar uma suposta covardia do guerrilheiro. Veja lançou a deixa na abertura da reportagem de capa e Reinaldo Azevedo bate na tecla com insistência até hoje.
Para isso se valem de uma frase supostamente dita por Guevara no momento de sua captura. “Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto”, ele teria dito. A revista lamenta que essa frase, de que ela mais gosta, tenha sido apagada por outra, dita pelo guerrilheiro na hora da sua execução: “Você vai matar um homem”.
É bobagem tentar apagar a bravura pessoal de Guevara. Isso ele teve e muita. Pode-se até condenar sua ideologia política e até mesmo sua pouca disposição pessoal para conviver com a democracia – segundo consta, neste aspecto Guevara seria até menos contemporizador que Fidel Castro –, mas tentar ignorar sua coragem pouco contribui para entender o mito e muito menos para combatê-lo.
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POR José Pires
A idéia central, porém, não é nada jocosa. A intenção da revista e agora de seu colunista é pegar Che Guevara pelo lado mais difícil. Querem provar uma suposta covardia do guerrilheiro. Veja lançou a deixa na abertura da reportagem de capa e Reinaldo Azevedo bate na tecla com insistência até hoje.
Para isso se valem de uma frase supostamente dita por Guevara no momento de sua captura. “Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto”, ele teria dito. A revista lamenta que essa frase, de que ela mais gosta, tenha sido apagada por outra, dita pelo guerrilheiro na hora da sua execução: “Você vai matar um homem”.
É bobagem tentar apagar a bravura pessoal de Guevara. Isso ele teve e muita. Pode-se até condenar sua ideologia política e até mesmo sua pouca disposição pessoal para conviver com a democracia – segundo consta, neste aspecto Guevara seria até menos contemporizador que Fidel Castro –, mas tentar ignorar sua coragem pouco contribui para entender o mito e muito menos para combatê-lo.
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POR José Pires
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