sábado, 3 de novembro de 2007

Acertaram uma no capitão Nascimento
Como diz a moçada: o Nei Duclós matou a pau. Fez um dos melhores textos sobre o Tropa de Elite. Não vi e nem pretendo ver o filme, mas pelo polêmico debate que criou-se em torno dele, o filme estrelado pelo notório capitão Nascimento não pode ser ignorado. Duclós toca com precisão no ponto central do equívoco dos dois lados do debate, os que condenam e os que aplaudem o filme. O ti-ti-ti perde o foco do óbvio: a obra cinematográfica. Buscam uma tese. E quando crítico, jornalista e, agora, blogueiro, querem uma tese, eles acabam encontrando. Pegaram o capitão Nascimento para PhD em segurança pública.

Leia abaixo a abertura do texto de Nei Duclós, que está em seu blog, aqui. E aproveitem para ler muito mais textos excelentes por lá, pois Duclós está fazendo um dos melhores blogs da internet. Ah, sim, mas depois voltem pra cá.
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POR José Pires

Todo mundo já falou sobre Tropa de Elite, de José Padilha. É preciso abordá-lo pelo que é: um filme. Parece óbvio, mas quem disse que a vida é fácil? Ser um filme não quer dizer que nada tenha a ver com a realidade, com a polêmica, com a ideologia. Tem tudo a ver. Mas você estará mais perdido do que fogueteiro em fuga se não enxergar primeiro que se trata de obra cinematográfica, antes de ser o que sugere ser, ou seja, uma denúncia sobre a falência do Estado ou um mergulho na sociedade de classes, ou ainda um documento sobre corrupção e cumplicidade com o crime, ou pior, tomando o assunto pelo avesso, um estímulo à tortura e à matança geral.

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