Durante a visita do presidente Barack Obama ao Brasil, vários ministros reclamaram do rigor da segurança americana. As autoridades brasileiras tomaram geral dos gringos. Além de todos serem revistados, foram escoltados pelos seguranças americanos até o local do evento com a presença de Obama.
Este falso orgulho dos nossos políticos não causa surpresa. Ninguém fica surpreso também que nenhuma deles vá além da queixa ao jornalista que está ao lado. Escrevendo sobre o assunto aqui, destaquei que isso mostrava que os americanos deviam saber muito bem com quem estavam lidando. Concordando que "não há outro jeito, senão revistar essa gente", comentei também no post que certamente os americanos conhecem bem o modo como se formam os governos no Brasil e, por isso mesmo, sabem que controle aqui é zero.
Pois hoje se noticia que andaram pegando carona no avião da Presidência da República sem o conhecimento da presidente Dilma Rousseff.
A notícia é do Estadão: “O comandante do avião da Presidência da República, coronel Geraldo Corrêa de Lyra Júnior, infiltrou uma amiga nos vôos de ida e volta que levaram Dilma Rousseff para descansar em Natal (RN) no carnaval. O episódio abriu uma crise no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança da presidente. O coronel botou no avião presidencial a professora de educação física Amanda Correa Patriarca, irmã de Angélica Patriarca, comissária da mesma aeronave”.
A situação é bem grave. O coronel Lyra Júnior comanda também a base aérea de Brasília. A passageira convidada do coronel viajou com Dilma, sem que a presidente soubesse de nada. Foi passar o Carnaval em Natal, onde ficou quatro dias.
Mas tem coisa pior ainda neste caso. O deslize cometido pelo comandante da Base Aérea de Brasília e do avião em que viajava a presidente da República só acabou sendo revelado porque funcionários contrariados com sua atitude despacharam a mala da oitava passageira diretamente para o gabinete da presidente da República, para que o caso fosse descoberto pelos assessores próximos à Dilma.
E se governo tomar alguma decisão neste assunto, será só porque a imprensa foi atrás da grave falha. No Brasil atualmente é assim: só a imprensa é que busca conferir como anda a administração pública. Nossos políticos sempre estão ocupados demais com outros assuntos. Atualmente a pauta é o bate-boca entre o deputado Bolsonaro e a Preta Gil.
Mas a repercussão do caso do coronel que deu carona à amiga no avião presidencial deve afetar não só a segurança da presidente brasileira. Nessa hora a informação sobre a facilidade de entrar em um avião presidencial no Brasil já deve ter caído em mesa muito mais importante que a da Dilma.
Além de comandar a Base Aérea de Brasília e o avião presidencial, o coronel Geraldo Corrêa de Lyra Júnior foi quem recebeu o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na base aérea de Brasília.
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POR José Pires
Este falso orgulho dos nossos políticos não causa surpresa. Ninguém fica surpreso também que nenhuma deles vá além da queixa ao jornalista que está ao lado. Escrevendo sobre o assunto aqui, destaquei que isso mostrava que os americanos deviam saber muito bem com quem estavam lidando. Concordando que "não há outro jeito, senão revistar essa gente", comentei também no post que certamente os americanos conhecem bem o modo como se formam os governos no Brasil e, por isso mesmo, sabem que controle aqui é zero.
Pois hoje se noticia que andaram pegando carona no avião da Presidência da República sem o conhecimento da presidente Dilma Rousseff.
A notícia é do Estadão: “O comandante do avião da Presidência da República, coronel Geraldo Corrêa de Lyra Júnior, infiltrou uma amiga nos vôos de ida e volta que levaram Dilma Rousseff para descansar em Natal (RN) no carnaval. O episódio abriu uma crise no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança da presidente. O coronel botou no avião presidencial a professora de educação física Amanda Correa Patriarca, irmã de Angélica Patriarca, comissária da mesma aeronave”.
A situação é bem grave. O coronel Lyra Júnior comanda também a base aérea de Brasília. A passageira convidada do coronel viajou com Dilma, sem que a presidente soubesse de nada. Foi passar o Carnaval em Natal, onde ficou quatro dias.
Mas tem coisa pior ainda neste caso. O deslize cometido pelo comandante da Base Aérea de Brasília e do avião em que viajava a presidente da República só acabou sendo revelado porque funcionários contrariados com sua atitude despacharam a mala da oitava passageira diretamente para o gabinete da presidente da República, para que o caso fosse descoberto pelos assessores próximos à Dilma.
E se governo tomar alguma decisão neste assunto, será só porque a imprensa foi atrás da grave falha. No Brasil atualmente é assim: só a imprensa é que busca conferir como anda a administração pública. Nossos políticos sempre estão ocupados demais com outros assuntos. Atualmente a pauta é o bate-boca entre o deputado Bolsonaro e a Preta Gil.
Mas a repercussão do caso do coronel que deu carona à amiga no avião presidencial deve afetar não só a segurança da presidente brasileira. Nessa hora a informação sobre a facilidade de entrar em um avião presidencial no Brasil já deve ter caído em mesa muito mais importante que a da Dilma.
Além de comandar a Base Aérea de Brasília e o avião presidencial, o coronel Geraldo Corrêa de Lyra Júnior foi quem recebeu o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na base aérea de Brasília.
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POR José Pires
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