Leio por aí que a presidente Dilma Rousseff determinou uma “auditoria informal” no ministério do Esporte onde labuta o outro Orlando Silva, não o da música, mas o notório ministro da tapioca e, vê-se agora, de tantas mumunhas que até é chamado de “bandido” por um militante de seu partido, o também notório PCdoB.
Não vale a pena se estender sobre o significado de “auditoria informal”. Talvez seja uma liberdade no traje dos auditores, que seriam autorizados a fuçar nos arquivos do ministério em trajes esportivos, talvez até com uma ou outra camiseta da Seleção Brasileira, como se fosse um churrasco de fim-de-semana. Auditoria com adjetivo é novidade.
Mas espera aí, o ministério é só do Orlando Silva (ou do PCdoB, naquele estilo de “cota intransferível” de que são feitos os governos) ou é também da presidência da República?
A Folha de S. Paulo informa que Dilma mandou a Controladoria-Geral da União fazer uma varredura nas ações e contratos da pasta que foram alvo de denúncias. Pois isso mostra que o governo não tem controle algum do que se passa nos ministérios, até porque nenhuma das denúncias se refere a contratos de tostões. São sempre milhões e bota milhão nisso.
Dilma não sabe o que se passa no ministério do Esporte em contratos importantíssimos, alguns até de interesse internacional? Se precisa fazer uma auditoria quando a imprensa revela irregularidades é sinal de que não acompanha o que acontece por lá.
A situação é ainda mais estranha pelo fato de estarmos falando de alguém (Dilma e não o homônimo do cantor das multidões) com fama construída de grande gestora e que veio do gabinete da Casa-Civil.
Basta passar no site da Casa Civil para ver, na definição da competência da Pasta, que tem algo muito errado nessa conversa de uma auditoria feita às pressas pela Controladoria-Geral da União.
Todo texto sobre a competência do órgão trata do controle dos negócios públicos, mas o sétimo item é bem específico. Está lá: “VII - avaliação da ação governamental e do resultado da gestão dos administradores, no âmbito dos órgãos integrantes da Presidência da República e Vice-Presidência da República, além de outros determinados em legislação específica, por intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial”.
Neste caso especificamente temos não só a fama de gestora de Dilma, que foi material de propaganda na campanha eleitoral e nos dois anos anteriores à eleição, quando o então presidente Lula andou pelo país todo com ela dizendo que nisso a pupila era o máximo, mas também a qualidade que tentam colar á imagem da atual ocupante da Casa Civil, a paranaense Gleisi Hoffmann.
Esta é a história que venderam. Gestão, nos palanques eleitorais se falava muito disso. Mas o que se vê é que nenhuma das duas (uma que já esteve na Casa Civil e foi para a presidência da República, outra que afirma ter feito uma revolução administrativa em Itaipu) possui o senso de organização suficiente para acompanhar de perto este e aquele ministério e também aquele outro — ou pelo menos ter o controle dos assuntos de maior importância ou de maior custo para os cofres públicos.
Dá a impressão de que em administração as duas seguem o método Edison Lobão, o nosso ministro da Energia que está lá na moita, só gastando. Logo mais pode aparecer, para surpresa das nossas gestoras, alguma coisa do lado do nosso ministro atômico. Na época em que nomeado por Lula para um ministério que cuida de assuntos dos quais ele não entende nada, Lobão argumentou com os jornalistas que isso não era problema: ele já estava se ambientando nesse negócio de energia pelos jornais.
Tanto Dilma quando Gleisi Hoffmann, cada uma em sua área de responsabilidade, só ficam sabendo pela imprensa dos desarranjos feitos pelo PCdoB na pasta do Esporte. E todo dia aparece uma maracutaia nova.
Os trambiques encontrados no Ministério do Esporte mostram que apesar de intituladas de sapiências em gestão pelos companheiros, Dilma e Gleisi não cuidam nem do básico em administração, que é conferir as notas fiscais.
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POR José Pires
Não vale a pena se estender sobre o significado de “auditoria informal”. Talvez seja uma liberdade no traje dos auditores, que seriam autorizados a fuçar nos arquivos do ministério em trajes esportivos, talvez até com uma ou outra camiseta da Seleção Brasileira, como se fosse um churrasco de fim-de-semana. Auditoria com adjetivo é novidade.
Mas espera aí, o ministério é só do Orlando Silva (ou do PCdoB, naquele estilo de “cota intransferível” de que são feitos os governos) ou é também da presidência da República?
A Folha de S. Paulo informa que Dilma mandou a Controladoria-Geral da União fazer uma varredura nas ações e contratos da pasta que foram alvo de denúncias. Pois isso mostra que o governo não tem controle algum do que se passa nos ministérios, até porque nenhuma das denúncias se refere a contratos de tostões. São sempre milhões e bota milhão nisso.
Dilma não sabe o que se passa no ministério do Esporte em contratos importantíssimos, alguns até de interesse internacional? Se precisa fazer uma auditoria quando a imprensa revela irregularidades é sinal de que não acompanha o que acontece por lá.
A situação é ainda mais estranha pelo fato de estarmos falando de alguém (Dilma e não o homônimo do cantor das multidões) com fama construída de grande gestora e que veio do gabinete da Casa-Civil.
Basta passar no site da Casa Civil para ver, na definição da competência da Pasta, que tem algo muito errado nessa conversa de uma auditoria feita às pressas pela Controladoria-Geral da União.
Todo texto sobre a competência do órgão trata do controle dos negócios públicos, mas o sétimo item é bem específico. Está lá: “VII - avaliação da ação governamental e do resultado da gestão dos administradores, no âmbito dos órgãos integrantes da Presidência da República e Vice-Presidência da República, além de outros determinados em legislação específica, por intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial”.
Neste caso especificamente temos não só a fama de gestora de Dilma, que foi material de propaganda na campanha eleitoral e nos dois anos anteriores à eleição, quando o então presidente Lula andou pelo país todo com ela dizendo que nisso a pupila era o máximo, mas também a qualidade que tentam colar á imagem da atual ocupante da Casa Civil, a paranaense Gleisi Hoffmann.
Esta é a história que venderam. Gestão, nos palanques eleitorais se falava muito disso. Mas o que se vê é que nenhuma das duas (uma que já esteve na Casa Civil e foi para a presidência da República, outra que afirma ter feito uma revolução administrativa em Itaipu) possui o senso de organização suficiente para acompanhar de perto este e aquele ministério e também aquele outro — ou pelo menos ter o controle dos assuntos de maior importância ou de maior custo para os cofres públicos.
Dá a impressão de que em administração as duas seguem o método Edison Lobão, o nosso ministro da Energia que está lá na moita, só gastando. Logo mais pode aparecer, para surpresa das nossas gestoras, alguma coisa do lado do nosso ministro atômico. Na época em que nomeado por Lula para um ministério que cuida de assuntos dos quais ele não entende nada, Lobão argumentou com os jornalistas que isso não era problema: ele já estava se ambientando nesse negócio de energia pelos jornais.
Tanto Dilma quando Gleisi Hoffmann, cada uma em sua área de responsabilidade, só ficam sabendo pela imprensa dos desarranjos feitos pelo PCdoB na pasta do Esporte. E todo dia aparece uma maracutaia nova.
Os trambiques encontrados no Ministério do Esporte mostram que apesar de intituladas de sapiências em gestão pelos companheiros, Dilma e Gleisi não cuidam nem do básico em administração, que é conferir as notas fiscais.
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POR José Pires
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