terça-feira, 7 de agosto de 2018

Kátia Abreu, agora na mira do PT

A senadora Kátia Abreu deixou de ser bandida de estimação dos petistas logo que passou a ser vice de Ciro Gomes. Já foram buscar até o troféu Motosserra de Ouro, que ficou bem escondido enquanto ela servia ao governo do PT como ministra da Agricultura de Dilma Rousseff, na parceria mais estrambótica já surgida com o endoidecimento absoluto da política brasileira.

Kátia Abreu era inimiga feroz do PT quando foi premiada como zoação com o troféu Motosserra de Ouro pela ONG Greenpeace. A provocação foi em 2010, quando a senadora participava da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Cancún, México, como presidente da Confederação Nacional da Agropecuária (CNA). Na época a parlamentar era da bancada ruralista e tinha brigas ferozes com os petistas, com divergências sobre trabalho escravo, demarcação de terras indígenas, reforma agrária e outras bandeiras da esquerda.

A senadora fazia oposição tão radical ao PT que acabou caindo nas graças do jornalista Reinaldo Azevedo, já bastante conhecido como antipetista. Em seu blog então publicado no site da revista Veja ele passou a exaltar Kátia Abreu como promissora liderança política. O namoro ideológico dos dois durou só até a senadora estranhamente passar para o lado do PT, mudando totalmente de discurso. Em 2015 ela foi nomeada ministra da Agricultura para o segundo mandato de Dilma, mantendo-se fiel até a queda da presidente com o impeachment.

Agora como vice de Ciro, ela volta a ser alvo de seus ex-parceiros de governo. Os petistas já retiram das gavetas suas divergências com a ex-ministra, que passa a ser atacada como representante do agronegócio, inimiga do meio ambiente, de indígenas, quilombolas e o que mais aparecer. Logo será chamada de direitista, fascista, esses insultos distribuídos pela esquerda contra qualquer um que não faz parte da curriola. E Kátia Abreu que se prepare, pois o petismo trata de maneira ainda mais feroz aqueles que deixaram de ser bandidos de estimação.
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POR José Pires

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