A liberdade esteve sob ataque novamente na manhã desta quinta-feira. A França foi o alvo de atentados ocorridos em três lugares, certamente com uma organização em comum. Um ataque terrorista a faca deixou três mortos e vários feridos em Nice, no Sul da França. O agressor foi ferido a tiros pela polícia e está preso. Os assassinatos foram cometidos na Basílica de Notre-Dame. Em Avignon, também na França, houve outro ataque sem deixar vítimas. Um homem que tentou esfaquear várias pessoas foi morto a tiros. E no consulado francês em Djeddah, na Arábia Saudita, um vigia foi atacado com uma faca.
Nos dois atentados na França, os agressores gritavam “Alá é grande”. O objetivo do terror é calar a liberdade de expressão. E que ninguém pense que esta determinação autoritária se restringe à França. O plano com esta pressão criminosa e traiçoeira é fazer os franceses se dobrarem, para em seguida espalhar pelo mundo um domínio sobre o pensamento da humanidade. Neste momento os franceses lutam por todos nós.
A França resiste bravamente à tentativa de uma religião se sobrepor ao direito das pessoas se expressarem com liberdade, procurando interferir no comportamento de um país que já tem plenamente estabelecido o direito de um cidadão se expressar do jeito que quiser, seja falando, escrevendo, cantando e dançando, pintando, fotografando, editando livros e fazendo filmes ou desenhando cartuns e dando aulas, duas atividades humanas que deixaram irritados os terroristas islâmicos.
Na França, com a corajosa defesa do Estado laico que está sendo mantida por seu povo e pelo governo de Emmanuel Macron, luta-se igualmente pela defesa do direito de crença. O laicismo existe também para impedir que se estabeleçam teocracias ou mesmo sistemas de governos sob o domínio de determinada religião, porque quando isso acontece não só acaba-se a liberdade de expressão. As religiões que estão fora do poder passam a ser perseguidas e sofrer repressão feroz.
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POR José Pires
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