O candidato José Serra está de jingle novo. O que havia sido lançado no início de julho foi descartado. Deve estar na gaveta das incertezas tucanas, gaveta de dimensões avantajadas e por certo bem abarrotada.
Falei aqui no blog do tal jingle e aproveitei para comentar sobre os conceitos equivocados que eu via concentrados na música, que tinha um coro de “Eu Quero Serra” acentuando erradamente o nome do candidato na última sílaba e a idéia de “Serra pra cuidar da gente”, com aquela noção demagógica do paizão que olha para o povo. Nada a ver com o que se espera de um tucano, muito menos do Serra e ainda mais numa eleição em que é preciso tomar o lugar do lulo-petismo, então fiz um post com o título de “Serra: conceito e visual no caminho errado”.
Pois mudaram tudo e não é porque tenham seguido o que escrevi aqui. Não tenho essa pretensão. E além disso, fizeram o contrário do que apontava a minha crítica, o que indica que estou no caminho certo.
O novo jingle tem a seguinte idéia, que evidentemente deve ser a linha da campanha no horário gratuito, que começa amanhã: “Zé é bom e eu já conheço/ Eu já sei quem ele é/ Pro Brasil seguir em frente/ Sai o Silva e entra o Zé”. É isso aí. E cantado é pior.
O Silva nós sabemos muito bem quem é, mas quem é esse tal de “Zé”? É até constrangedor, mas o “Zé” é o Serra, ou Zé Serra, como ele também é chamado na música.
Quando vemos um negócio desses é imediata a sensação de que vem desastre por aí. Repete-se com Serra o equívoco do marketing de Alckmin em 2006, quando perdeu a eleição para Lula. Naquela campanha também vieram com essa estratégia simplória de tentar dar um ar popular ao candidato chamando-o pelo primeiro nome, Geraldo.
O marqueteiro dos dois é o mesmo. E isso não é só coincidência. Luiz Gonzalez é conhecido pela falta de criatividade. Trabalha sempre com idéias de menor risco, evita a ousadia. A campanha de Alckmin (ou Geraldo, o nome que nunca pegou) é o melhor exemplo. O candidato foi raspando para o segundo turno, quando teve menos voto que no primeiro.
Está certo que Alckmin era um candidato muito ruím, o que pode ser um álibi para inocentar o marqueteiro do desastre que foi aquela eleição, mas nesta campanha Gonzalez não conta com esta justificativa. Pegou um candidato de qualidade e com boas chances eleitorais. E como este também está sendo trabalhando de forma errada, é capaz até da gente pensar que o Alckmin, ou melhor, o Geraldo, foi prejudicado pelo marqueteiro.
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POR José Pires
Falei aqui no blog do tal jingle e aproveitei para comentar sobre os conceitos equivocados que eu via concentrados na música, que tinha um coro de “Eu Quero Serra” acentuando erradamente o nome do candidato na última sílaba e a idéia de “Serra pra cuidar da gente”, com aquela noção demagógica do paizão que olha para o povo. Nada a ver com o que se espera de um tucano, muito menos do Serra e ainda mais numa eleição em que é preciso tomar o lugar do lulo-petismo, então fiz um post com o título de “Serra: conceito e visual no caminho errado”.
Pois mudaram tudo e não é porque tenham seguido o que escrevi aqui. Não tenho essa pretensão. E além disso, fizeram o contrário do que apontava a minha crítica, o que indica que estou no caminho certo.
O novo jingle tem a seguinte idéia, que evidentemente deve ser a linha da campanha no horário gratuito, que começa amanhã: “Zé é bom e eu já conheço/ Eu já sei quem ele é/ Pro Brasil seguir em frente/ Sai o Silva e entra o Zé”. É isso aí. E cantado é pior.
O Silva nós sabemos muito bem quem é, mas quem é esse tal de “Zé”? É até constrangedor, mas o “Zé” é o Serra, ou Zé Serra, como ele também é chamado na música.
Quando vemos um negócio desses é imediata a sensação de que vem desastre por aí. Repete-se com Serra o equívoco do marketing de Alckmin em 2006, quando perdeu a eleição para Lula. Naquela campanha também vieram com essa estratégia simplória de tentar dar um ar popular ao candidato chamando-o pelo primeiro nome, Geraldo.
O marqueteiro dos dois é o mesmo. E isso não é só coincidência. Luiz Gonzalez é conhecido pela falta de criatividade. Trabalha sempre com idéias de menor risco, evita a ousadia. A campanha de Alckmin (ou Geraldo, o nome que nunca pegou) é o melhor exemplo. O candidato foi raspando para o segundo turno, quando teve menos voto que no primeiro.
Está certo que Alckmin era um candidato muito ruím, o que pode ser um álibi para inocentar o marqueteiro do desastre que foi aquela eleição, mas nesta campanha Gonzalez não conta com esta justificativa. Pegou um candidato de qualidade e com boas chances eleitorais. E como este também está sendo trabalhando de forma errada, é capaz até da gente pensar que o Alckmin, ou melhor, o Geraldo, foi prejudicado pelo marqueteiro.
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POR José Pires
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