quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Dilma rouba idéia de Serra e esquece o mulherio em discurso

Pobre José Serra. Todo mundo boicota o tucano. Seu próprio partido teve há alguns dias seu programa eleitoral na televisão e não deu espaço algum para ele falar algumas palavras. Apesar de ter conquistado 44 milhões de votos na eleição para presidente da República com uma garra impressionante e numa luta em que teve que enfrentar até os quinta-colunas infiltrados no PSDB, a direção do partido achou que não valia a pena dar um espaço para ele.

E agora veio a presidente Dilma Roussef falando em rede de televisão e também não chamou o Serra. E por que deveria chamar? Ora, porque ela lançou uma das propostas que Serra fez na campanha eleitoral, o Protec. Só mudou o nome, para Pronatec, mas a concepção é a mesma: um Prouni para o ensino técnico.

É um governo ladrão. Ladrão de idéias, já começa com um plágio. Mas não é só por isso que Dilma continua a mesma da campanha eleitoral. Balança a cabeça, pra cá, balança pra lá, pontua palavras com gestos que não querem dizer coisa alguma. E pelos cortes, deve ter dado um trabalho danado extrair dela cerca de 5 minutos de gravação. O pretexto para o programa em rede nacional é o início das aulas, mas da forma que Dilma aparece no vídeo lendo o teleprompter, se ela passasse por uma prova de leitura só iria ter média maior do que o Tiririca.

O texto é ruim, naquele estilo marqueteiro de falar bem do próprio governo e tentando uma informalidade que não tem jeito de dar certo com alguém como Dilma. Queridas brasileiras e queridos brasileiros é broca, não?

No meio da fala, uma falha imperdoável para quem está preocupadíssima com a questão de gênero na linguagem. O texto deve ter sido lido e relido. Foi incompetência deixarem passar isso:

"Em suma, esta é a grande hora da educação brasileira. Isso só será possível se cada pai, cada aluno, cada professor, cada prefeito, cada governador, cada empresário, cada trabalhador tomar para si a tarefa de acompanhar, discutir, cobrar, propor e construir novos caminhos para nossa educação."

Ora, se estão tão preocupados em chamar Dilma de "presidenta", então o texto deveria ser assim (meu retoque vai em vermelho):

"Em suma, esta é a grande hora da educação brasileira. Isso só será possível se cada pai e cada mãe, cada aluno e cada aluna, cada professor e cada professora, cada prefeito e cada prefeita, cada governador e cada governadora, cada empresário e cada empresária, cada trabalhador e cada trabalhadora tomar para si a tarefa de acompanhar, discutir, cobrar, propor e construir novos caminhos para nossa educação."

Fica bem mais no estilo da "presidenta" Dilma, não é queridos leitores e queridas leitoras? Eu ainda acabo pegando uma boca neste governo.
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POR José Pires

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