quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Na véspera de um futuro em derretimento

A impressão que se tem hoje em dia é de estarmos em um filme-catástrofe, vivendo em tempo real fatos anteriores a um desastre impossível de ser contido. A fase ainda é de algumas dúvidas sobre como será o processo, sua velocidade e extensão, se o desgaste será gradativo ou teremos de encarar um colapso.

Seja como for, tudo indica que a barra-pesada será muito mais impressionante do que qualquer coisa criada até agora em efeitos especiais. Países rivais já competem para chegar primeiro à exploração de recursos que ficarão expostos com o degelo. A agricultura começa a sentir efeitos negativos. Cidades são envolvidas em pleno dia pela escuridão provocada pelo fogo em matas distantes.

O avanço da tecnologias, que até agora era fascinante em tudo o que trazia para a vida cotidiana, começa a dar medo com a apresentação da pesada conta pelo que foi gasto. O futuro já não é mais algo que as pessoas anseiam que venha logo. Na vida real existe pouca possibilidade de uma ação inesperada que antes do derradeiro grito venha tirar a humanidade do sufoco em que ela própria se meteu.
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POR José Pires

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Na imagem, a capa da edição espanhola da revista National Geographic, que conseguiu ilustrar até com um certo lirismo o tema desesperador da  excelente reportagem que traz neste mês de setembro.

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