Os setores da esquerda que assumiram o poder com o governo Lula conseguiram algo prodigioso na historiografia brasileira. Os militares brasileiros vão sendo colocados em papel bem diferente daquele que lhes parecia destinado na História por causa do golpe militar de 64.
Nossas Forças Armadas começam a ser vistas como defensoras da democracia, ou pelo menos tendo valorizada sua atuação contra a luta armada promovida por vários grupos de esquerda alguns anos após o golpe. Neste caso, os militares acabam figurando como a força que evitou a instalação de ditaduras de esquerda no Brasil.
E naquele contexto histórico, esta é uma verdade indiscutível. Se tivessem dado certo os planos dos guerrilheiros de esquerda da década de 60 ou mesmo do PCdoB, com sua guerrilha no Araguaia na década de 70, é óbvio que nenhum deles traria de volta a democracia golpeada pelos militares.
No caso do PCdoB, teríamos uma ditadura com conseqüências que podem ser compreendidas além do plano da teoria. Os regimes que dominaram os países que esses malucos sempre idolatraram, como a antiga União Soviética, a Albânia e a China, foram pródigos na matança. Só o regime de Mao Tsé Tung, que até hoje este partido adora, matou 65 milhões de pessoas.
Ao abusos do Exército Brasileiro na luta contra os guerrilheiros comunistas no Araguaia foram terríveis e têm que ser condenados. Mas caso tivesse vencido, o PCdoB faria coisas bem piores e de efeito muito mais prolongado.
Mesmo a então guerrilheira Dilma Rousseff e seu grupo não fariam menos mal ao país em caso de vitória. Muito menos Marighela ou Lamarca, ou qualquer um daqueles que pretendiam estabelecer duras ditaduras por aqui. Foi certo Dilma ser torturada por isso? É óbvio que não. Assim como não é correto que ela faça de seu sofrimento um atenuante do projeto criminoso que eles tinham para o país.
E como se não bastasse a cretinice que fizeram naquele período e também como se fosse pouco não admitirem aquilo como um erro, ainda fizeram a bobagem de transferir de contexto a discussão sobre a atuação antidemocrática das Forças Armadas. Do golpe 64 foi para os combates na luta armada no final dos anos 60 e primeira metade dos 70.
E neste campo os militares levam vantagem até na contagem dos mortos, porque além dos que morreram em terras brasileiras têm que se adicionar também os mortos nos países que serviam como referência nos planos da esquerda armada.
O general Augusto Heleno, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, deu uma entrevista sobre o assunto para a revista Época desta semana. Ele já vem falando sobre isso desde o último dia 30, quando na troca de dois comandantes do Exército, em Brasília, disse o seguinte: “Hoje, fora do contexto, é fácil falar sobre abusos na luta contra a subversão. Como deveriam ter agido as forças legais? Saibam os que nos condenam, muitos deles ex-terroristas e ex-guerrilheiros, hoje ocupando altos postos da República, e que jamais defenderam ideais democráticos, que nossa paz teve um preço. Ela é um legado daqueles que cumpriram sua missão e não fugiram ao dever, nem à luta”.
Bem, é irretocável este trecho da fala do general. Vejam a que nos obrigam esses cretinos que foram da extrema esquerda e hoje estão no bem bom de cargos públicos ou endinheirados com a farra das verbas de anistiados.
O general trouxe até uma observação sobre as conseqüências da luta armada na Colômbia, com uma opinião que merece uma avaliação sem preconceito. De fato, se esta discussão for ampliada no âmbito de outros países que viveram situações parecidas como a nossa, a situação histórica da esquerda armada brasileira fica ainda pior. Este tipo de extremista acabaou atrapalhando até o governo Allende, no Chile, país, aliás, para o qual muitos deles correram depois de perder a luta aqui.
Fica também difícil não considerar a atuação rápída das Forças Armadas para conter a guerrilha no Brasil. Acho até que em breve esta situação poderá ser melhor avaliada. A própria ação do tempo, que enterra (ou crema, tanto faz) de forma natural os teimosos, deve criar um campo mais imparcial para esse estudo. E não acredito que a extrema esquerda sairá bem nesta nova avaliação.
Contribui também para a condenação dos grupos de esquerda a existência hoje de documentação comprovando que muitos desses movimentos comunistas recebiam dinheiro e até diretrizes políticas de outros paises. Ou seja, atuavam comandados por governos estrangeiros.
O debate estava muito bem situado no papel do Exército Brasileiro no contexto geral da sua atuação sobre a democracia brasileira que é a forma exata de se extrair uma exata compreensão sobre a nossa história. E não estou preocupado aqui em condenar este ou aquele lado, mas na melhpor compreensão sobre o que viveu o país. Isolado no contexto para o qual foi trazido por esta esquerda que foi incompetente até no aspecto militar, o debate não é esclarecedor e muito menos produtivo para que o país seja melhor plano político do que foi até agora.
Seria bom que esta esquerda que ainda vive de suas equivocadas ilusões deixassem este debate para os profissionais ou para quem não pensa a história com a amargura e o ressentimento. Era como até agora vinha sendo feita a discussão do que foi o Brasil durante a ditadura militar.
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POR José Pires
Nossas Forças Armadas começam a ser vistas como defensoras da democracia, ou pelo menos tendo valorizada sua atuação contra a luta armada promovida por vários grupos de esquerda alguns anos após o golpe. Neste caso, os militares acabam figurando como a força que evitou a instalação de ditaduras de esquerda no Brasil.
E naquele contexto histórico, esta é uma verdade indiscutível. Se tivessem dado certo os planos dos guerrilheiros de esquerda da década de 60 ou mesmo do PCdoB, com sua guerrilha no Araguaia na década de 70, é óbvio que nenhum deles traria de volta a democracia golpeada pelos militares.
No caso do PCdoB, teríamos uma ditadura com conseqüências que podem ser compreendidas além do plano da teoria. Os regimes que dominaram os países que esses malucos sempre idolatraram, como a antiga União Soviética, a Albânia e a China, foram pródigos na matança. Só o regime de Mao Tsé Tung, que até hoje este partido adora, matou 65 milhões de pessoas.
Ao abusos do Exército Brasileiro na luta contra os guerrilheiros comunistas no Araguaia foram terríveis e têm que ser condenados. Mas caso tivesse vencido, o PCdoB faria coisas bem piores e de efeito muito mais prolongado.
Mesmo a então guerrilheira Dilma Rousseff e seu grupo não fariam menos mal ao país em caso de vitória. Muito menos Marighela ou Lamarca, ou qualquer um daqueles que pretendiam estabelecer duras ditaduras por aqui. Foi certo Dilma ser torturada por isso? É óbvio que não. Assim como não é correto que ela faça de seu sofrimento um atenuante do projeto criminoso que eles tinham para o país.
E como se não bastasse a cretinice que fizeram naquele período e também como se fosse pouco não admitirem aquilo como um erro, ainda fizeram a bobagem de transferir de contexto a discussão sobre a atuação antidemocrática das Forças Armadas. Do golpe 64 foi para os combates na luta armada no final dos anos 60 e primeira metade dos 70.
E neste campo os militares levam vantagem até na contagem dos mortos, porque além dos que morreram em terras brasileiras têm que se adicionar também os mortos nos países que serviam como referência nos planos da esquerda armada.
O general Augusto Heleno, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, deu uma entrevista sobre o assunto para a revista Época desta semana. Ele já vem falando sobre isso desde o último dia 30, quando na troca de dois comandantes do Exército, em Brasília, disse o seguinte: “Hoje, fora do contexto, é fácil falar sobre abusos na luta contra a subversão. Como deveriam ter agido as forças legais? Saibam os que nos condenam, muitos deles ex-terroristas e ex-guerrilheiros, hoje ocupando altos postos da República, e que jamais defenderam ideais democráticos, que nossa paz teve um preço. Ela é um legado daqueles que cumpriram sua missão e não fugiram ao dever, nem à luta”.
Bem, é irretocável este trecho da fala do general. Vejam a que nos obrigam esses cretinos que foram da extrema esquerda e hoje estão no bem bom de cargos públicos ou endinheirados com a farra das verbas de anistiados.
O general trouxe até uma observação sobre as conseqüências da luta armada na Colômbia, com uma opinião que merece uma avaliação sem preconceito. De fato, se esta discussão for ampliada no âmbito de outros países que viveram situações parecidas como a nossa, a situação histórica da esquerda armada brasileira fica ainda pior. Este tipo de extremista acabaou atrapalhando até o governo Allende, no Chile, país, aliás, para o qual muitos deles correram depois de perder a luta aqui.
Fica também difícil não considerar a atuação rápída das Forças Armadas para conter a guerrilha no Brasil. Acho até que em breve esta situação poderá ser melhor avaliada. A própria ação do tempo, que enterra (ou crema, tanto faz) de forma natural os teimosos, deve criar um campo mais imparcial para esse estudo. E não acredito que a extrema esquerda sairá bem nesta nova avaliação.
Contribui também para a condenação dos grupos de esquerda a existência hoje de documentação comprovando que muitos desses movimentos comunistas recebiam dinheiro e até diretrizes políticas de outros paises. Ou seja, atuavam comandados por governos estrangeiros.
O debate estava muito bem situado no papel do Exército Brasileiro no contexto geral da sua atuação sobre a democracia brasileira que é a forma exata de se extrair uma exata compreensão sobre a nossa história. E não estou preocupado aqui em condenar este ou aquele lado, mas na melhpor compreensão sobre o que viveu o país. Isolado no contexto para o qual foi trazido por esta esquerda que foi incompetente até no aspecto militar, o debate não é esclarecedor e muito menos produtivo para que o país seja melhor plano político do que foi até agora.
Seria bom que esta esquerda que ainda vive de suas equivocadas ilusões deixassem este debate para os profissionais ou para quem não pensa a história com a amargura e o ressentimento. Era como até agora vinha sendo feita a discussão do que foi o Brasil durante a ditadura militar.
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POR José Pires
3 comentários:
Os torturadores e seus asseclas na iminência de seus responderem por seus crimes depois do julgamento da ADPF-153-DF ajuizada pela OAB tomaram a iniciativa em contra-propaganda suscitando esta falsificação da história: a ditadura instalada pelo golpe de 1º de abril de 1964 foi dado para para defender a democracia.
Como se vê, a mentira é velha mas o uso contra aqueles que fizeram a luta armada é recente e tenta descaracterizar que a luta armada contra a ditadura foi uma reação tardia ao golpe.
As pessoas que fizeram a luta armada estavam combatendo uma ditadura, um regime ilegítimo e ilegal, que instalou o terror de Estado matando pessoas depois de aprisionadas, quase todas na tortura. Discutir a doutrina política destas pessoas com o intuito de justificar os crimes cometidos contra elas é uma infâmia, uma tentativa de por a culpa pelos crimes nas próprias vítimas. Só a corja que torturava, falsificava documentos, armava cenas de crimes, destruia e ocultava cadáveres e seus atuais sequazes estão empenhados nesta manobra de desinformação.
No que pertine à doutrina política destes militantes é uma vergonha esconder que Marighella ao engajar-se na luta armada tinha rompido com o leninismo, com o PCB, principalmente na prática, na teoria organizacional, pois não fundou outro partico comunista constatado que a ALN (Ação Libertadora Nacional) não era um partido, menos ainda uma organização centralizada, assemelhava-se a uma liga, uma organização para ação e propaganda contra a ditadura no intuito de derrubá-la e não tinha como propósito e base doutrinária a instalação de outra ditadura. Até mesmo a idéia de socialismo para Marighella era uma discussão posterior pois o que importava era a luta contra a ditadura, que para ele deveria envolver uma parcela da burguesia nacional contra o imperialismo. Em resumo, não concordo com Marighella mas nem eu nem ninguém tem o direito de falsificar suas idéias.
Mas já que se quer julgar estes bravos brasileiros que enfrentaram a ditadura é bom lembrar que este debate traz o velho debate religioso: por qual critério as pessoas devem ser julgadas, pela fé ou pelos atos, obras?
A serem julgados pelas obras os militantes da luta armada estavam lutando contra uma ditadura, inclusive suprindo a omissão de quem tinha mais responsabilidades e se acorvadou, tal como a parte do Exército que permitiu a insanidade que consistiu em às Forças Armadas depor um presidente eleito pelo povo e instalar uma ditadura violando a legalidade e toda a ordem contituicional por duas décadas.
Que história é essa? Então o Marighela saiu do PCB, rompeu com o leninismo e partiu para a luta armada para defender a democracia? Conta outra, vai.
Estes são os fatos: Marighella quando morreu assassinado em novembro em 1969 não era mais leninista, tinha rompido com o PCB e segundo as palavras dele não iria fundar mais uma máquina burocrática, outro partido comunista-leninista; daí se pode dizer que ele também não era mais comunista ao romper com o leninismo pois foi Lênin que forjou a teoria de partido comunista e trocou o nome do Partido Operário Social-Democrata da Rússia para Partido Comunista.
Indubitável que Marighella ao romper com o leninismo defendia a restauração da democracia, sendo até mesmo mera especulação cogitar que na pior das hipóteses a restauração da democracia era uma fase transitória.
Em resumo, discutir a doutrina política dos bravos brasileiros que combatiam a ditadura como forma de culpar as vítimas da própria morte na tortura é uma infâmia, uma falsificação da história, é afirmar que os ditadores e os demais facínoras, seus asseclas, estavam defendendo a democracia.
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