Numa de suas melhores colunas, na "Veja" de agosto de 2005, ele publica um diálogo telefônico com o então deputado José Janene, que, aliás, deve estar passando um ansioso mês de agosto: Janene é um dos denunciados pela Procuradoria da República no conhecido processo dos 40 implicados no “Mensalão”, onde o ex-ministro José Dirceu é tratado como “chefe” de quadrilha.
Mas eu falava da conversa telefônica de Mainardi com Janene. Mainardi fez uma pergunta a ele sobre o dinheiro que seu chefe-de-gabinete, João Cláudio Carvalho Genu, teria recebido de Marcos Valério.
O presidente do PP, partido de Janene, Pedro Corrêa havia dito à “Folha de S. Paulo” que a cooptação de parlamentares era negociada diretamente com José Dirceu, então no Gabinete Civil de Lula. “"Ele recebe a mim e ao deputado que está vindo ao partido. Também ajudam o Pedro Henry e José Janene”, disse Corrêa.
Janene disse para Mainardi que só falaria sobre o assunto em “off”, ou seja, sem que ele fosse revelado como fonte da informação. Mainardi disse do outro lado: “Confie em mim”.
E Janene confiou. “Em primeiro lugar, meu chefe-de-gabinete, Genu, não recebeu tudo isso que estão dizendo. Foram 600.000 reais”, disse. Na outra ponta, Mainardi deu corda ao então deputado. Perguntou se "o pagamento desses 600.000 reais foi com o José Dirceu”.
Janene respondeu: “Serei extremamente didático: sim. Foi negociado entre o presidente do partido, Pedro Corrêa, o líder do partido, Pedro Henry, e o ministro da Casa Civil, José Dirceu”.
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POR José Pires
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
José Janene caiu como um patinho
Postado por José Pires às 20:17
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