Se dependesse apenas do mérito pessoal, sem o escoramento das indicações políticas e do poder de grupos, como tem sido sua carreira a candidata do PT teria dificuldade de colocação mercado. Essa é uma verdade dura que os companheiros têm de encarar e que para alguns deve ser uma vergonha danada.
Puxa vida, apoiar uma figura como a Dilma é de uma insalubridade política até desumana. No aspecto intelectual, então, deve ser tão abalador quando fazer campanha para o Berlusconi. Eu não escreveria a favor de uma incapaz como essa nem que fosse por um bom empréstimo a fundo perdido do BNDES. Mas nem que o Franklin Martins ou a Teresa Cruvinel aceitasse um projeto meu muito bacana e bem pago para a TV Brasil.
Como candidata, Dilma é um estouro. Ou quase. Ela está sempre à beira da explosão. E a granada só mantém o o pino porque o momento exige. Não é como um ataque de nervos. Não, isso até seria justificável, ainda que fosse recomendável a camisa de força. Na realidade ela vive de forma permanente na situação de toda pessoa autoritária que, por força das circunstâncias, não pode mandar o próximo às favas.
Em qualquer situação, mesmo que seja em um clima sem nenhuma agressividade política, como foi este encontro, Dilma tem uma dificuldade danada em ouvir o outro. Dá a impressão de que é capaz de responder com agressão até a um elogio. Bem, ainda bem que disso estou livre.
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POR José Pires
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