sexta-feira, 28 de maio de 2010

De olho na retaguarda

Tudo bem, ninguém é ingênuo de achar que a coisa vai parar, que esse pessoal tome vergonha pelo menos em respeito às eleições, mas os cultivadores das plantações podiam ao menos fazer uma edição da boataria, aplicando lógica ao que chega às suas mãos.

Tenho lido que Serra tem um problema agora com seu vice. Tem um jornal que até avisou que a solução precisa ser encontrada até a data da convenção do PSDB. Puxa vida, essa o candidato tucano tem que agradecer.

Com julgam que Aécio Neves já é opção totalmente descartada (o que, conhecendo bem o neto de Tancredo, ninguém deveria fazer até o momento final), já listam uma série de vices. Isso facilita. Serra pode escolher.

Mas creio quem quem redige uma notícia deve usar a lógica, não? Então por que ficar aventando o nome de Itamar Franco, quando todos dizem que o maior problema de Serra seria a defesa do governo FHC? Ah, então defender o governo FHC é dureza, não? E o de Itamar? Apesar disso não ter entrado no estranho raciocínio, parece que seria a maior moleza.

Dando mais uma olhada na lavoura, também dá pra perceber pontos muito interessantes. Daria um bom tema em aula de jornalismo, pois imagino que é diplomado o pessoal que anda escrevendo essas coisas.

Um nome muito forte para ser vice de Serra, dizem os agricultores da notícia, é o do senador Tasso Jereissati. Até pode ser. Não tem problema, a não ser o fato de que, se eleito, Serra teria que aumentar o número de guarda-costas da presidência da República.

Não é por ser vice que Jereissati vai deixar para trás o hábito de dar facadas pelas costas. Aliás, como vice a mania pode até piorar.

Mas vamos à “lógica” das notícias. Jereissati estaria bem cotado por ser nordestino, ter popularidade no Ceará e (se preparem, porque é porretada, tanto que vou aspar) “ajudar Serra a capitalizar os votos dos eleitores do ex-presidenciável Ciro Gomes”.
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POR José Pires

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