Nesta semana a internet brasileira viveu uma crise de credibilidade séria com a lista muito louca da revista Time que colocou Lula no início de uma lista das personalidades mais influentes do mundo. A revista de fato errou publicando uma lista numerada tendo o presidente brasileiro com o número 1 à frente. Obama tinha o número 4. Se é que foi mesmo um erro da Time, mas já falo nisso.
Mas os sites brasileiros foram além do suposto equívoco da revista norte-americana, na forma da repercussão que deram para a notícia. Não é de agora que as publicações impressas trazem para a internet um de seus piores defeitos: a falta de aprofundamento da notícia. E na internet os resultado tem sido bem piores. A multiplicação é veloz e atinge muita mais gente. E com a multiplicação de má-fé feita propositalmente por blogs governistas o conteúdo errado de uma notícia pode causar um estrago danado à democracia.
O episódio foi bastante comentado em blogs, inclusive neste, mas os sites fizeram de conta que nada aconteceu. Não foram publicadas erratas. Em muitas páginas, foi como se não tivesse ocorrido o equívoco na interpretação da premiação. Quase todos fizeram o de sempre: sepultaram a gafe com notícias novas.
A animação dos partidários de Lula durou pouco. E na verdade a incompetência da revista acabou melando a festa que fariam mesmo se Time desse corretamente a notícia e ficasse claro que Lula foi eleitor por eles um dos 25 líderes mais influentes e não o primeiro.
Mas no final foi bom que tivesse acontecido esta confusão pois permitiu uma discussão maior do assunto. E para mim essa história ainda teria de ser esclarecida. Já é bem estranho tanta onda em cima de uma lista feita pela redação de uma revista, mas neste caso é uma das idiotices do nosso jornalismo atualmente, sempre novidadeiro e por isso mesmo pronto para cair em engodo.
Mas este caso é bem mais que uma distração editorial. Para mim tem jabuti em cima da árvore. E está lendo a revista Time.
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POR José Pires
Mas os sites brasileiros foram além do suposto equívoco da revista norte-americana, na forma da repercussão que deram para a notícia. Não é de agora que as publicações impressas trazem para a internet um de seus piores defeitos: a falta de aprofundamento da notícia. E na internet os resultado tem sido bem piores. A multiplicação é veloz e atinge muita mais gente. E com a multiplicação de má-fé feita propositalmente por blogs governistas o conteúdo errado de uma notícia pode causar um estrago danado à democracia.
O episódio foi bastante comentado em blogs, inclusive neste, mas os sites fizeram de conta que nada aconteceu. Não foram publicadas erratas. Em muitas páginas, foi como se não tivesse ocorrido o equívoco na interpretação da premiação. Quase todos fizeram o de sempre: sepultaram a gafe com notícias novas.
A animação dos partidários de Lula durou pouco. E na verdade a incompetência da revista acabou melando a festa que fariam mesmo se Time desse corretamente a notícia e ficasse claro que Lula foi eleitor por eles um dos 25 líderes mais influentes e não o primeiro.
Mas no final foi bom que tivesse acontecido esta confusão pois permitiu uma discussão maior do assunto. E para mim essa história ainda teria de ser esclarecida. Já é bem estranho tanta onda em cima de uma lista feita pela redação de uma revista, mas neste caso é uma das idiotices do nosso jornalismo atualmente, sempre novidadeiro e por isso mesmo pronto para cair em engodo.
Mas este caso é bem mais que uma distração editorial. Para mim tem jabuti em cima da árvore. E está lendo a revista Time.
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