Num país como o nosso, onde a violência se banalizou de tal forma que qualquer um pode ser morto apenas porque um dos monstros que andam por aí à solta não vai com a sua cara é perda de tempo especular o motivo do assassinato da vereadora Mariella Rocha, no Rio de Janeiro. O mais sensato é esperar a conclusão da investigação policial.
A vereadora pode ter sido assassinada por ter confrontado o interesse de uma grande quadrilha, assim como sua morte pode ter acontecido por causa de alguma questão muito tola que nem ela lembrava mais.
É complicado demais avaliar com lógica a realidade de uma cidade e de um país onde a total falta de regras já teria obrigado até Sherlock Holmes a jogar a toalha. Pois é, meu caro Watson, conclusão elementar só existe em lugares onde a normalidade seja a regra e não a exceção.
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POR José Pires
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