segunda-feira, 15 de março de 2010

Agora vai

Eu até pensava que nossos políticos não iam chegar a nenhuma solução para o problema gravíssimo da violência no país. Em alguma cidade brasileira é possível andar com tranqüilidade na rua? Está bem, está bem: tranqüilidade, tranqüilidade mesmo, nem dentro de casa.

A violência está instalada até em cidades pequenas. Noutras cidades importantes como Rio e São Paulo existem setores urbanos cada vez mais amplos onde os criminosos mandam: seqüestram, julgam, matam. Comunidades inteiras estão sob o poder de quadrilhas, das quais dependem até para coisas básicas como um botijão de gás.

A lei evidentemente não existe. Os assassinatos já entram nas estatísticas como ações diárias. Milícias agem impunemente, com a conivência da polícia ou até mesmo a participação de policiais corruptos.

E a violência também já está em estado avançado como um dado cultural instalado na mente das pessoas. Dá a impressão de que é normal o convívio com tanta barbaridade e que mudar-se para condomínios fechados e escurecer cada vez mais os vidros dos carros é o suficiente para isolar o mal que está instalado em nossas cidades.

O brasileiro faz de conta que não sabe que a violência está perto de todos e que até a morte violenta começa a deixar de ser exceção. Já parece uma regra em um país com medo, muito medo. Quem não conhece alguém que já sofreu algum tipo de violência criminosa?

Bem, mas a população não está totalmente abandonada. Temos aí zelando por nós o Senado, por exemplo, que agora na quarta-feira deve votar um projeto que torna obrigatória a instalação de cãmeras de filmagem em shopping centers em qualquer ponto do País.
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POR José Pires

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