quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O mistério da tesoura do Planalto

Já se sabia que o ex-presidente Lula não é chegado a livros. Ele sempre fez questão de alardear isso e até veio com aquela relação irônica entre livro e esteira de ginástica, dizendo que preferia enfrentar uma esteira do que ler um livro. Pura figura de linguagem, é claro, pois o barrigão sempre mostrou que ele nunca fez nenhuma das duas coisas.

Mas agora na nova denúncia que apareceu do sindicalista que foi achacado no ministério do Trabalho dá para ver que Lula não lia absolutamente nada quando esteve na presidência da República.

O sindicalista Irmar Silva Batista foi ao ministério do Trabalho registrar um novo sindicato e um assessor do ministro Carlos Lupi exigiu dele R$ 1 milhão de reais para liberar o registro. Batista então mandou uma carta para Lula relatando o caso de corrupção. Nunca recebeu resposta.

O sindicalista mandou a carta por e-mail também para a presidente Dilma Rousseff. Com a publicação da reportagem com a denúncia na Veja desta semana, a assessoria de Imprensa da Presidência informou que nada foi feito porque o trecho da denúncia acabou sendo cortado na mensagem recebida. Foi passada uma tesoura no que mais importava na mensagem. E aí surgiu mais uma questão que ainda não foi explicada.

Uma mensagem como esta passa pelo secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, antes de chegar a Dilma. A dúvida que fica é se a carta já chegou na mão de Carvalho com o corte do trecho que continha a denúncia de corrupção ou se a presidente Dilma foi a única pessoa no Palácio do Planalto que recebeu a carta depois de passarem a tesoura na denúncia.
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POR José Pires

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