segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Projetando desgraça

Roberto Mangabeira Unger todos conhecem. É o gênio do governo Lula, o homem que o petista escolheu para planejar o futuro. Bem, levando em conta o que Mangabeira planejava no passado, o negócio é torcer contra seus planos atuais.

Apenas para ficar em um exemplo, ele foi coordenador da campanha de Ciro Gomes à Presidência em 2002. Imaginem se desse certo, a catástrofe que seria para o país.

Mangabeira também foi crítico feroz de Lula. Foi ele quem colocou o governo do petista no topo da história nacional da corrupção. Em 2002 ele escreveu o seguinte: “Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos " .

Nada contra o que ele disse. O problema é que logo depois Mangabeira achou que havia se enganado. Aí virou ministro de Lula, o que comprova que nem sobre o próprio futuro ele tem alguma capacidade de planejamento.

Mas tudo isso parece pouco para o futurista sem passado. Também nessas eleições municipais ele faz questão de fortalecer em seu currículo essa incapacidade tremenda de bolar qualquer coisa de boa para o futuro.

Agora ele está apoiando o senador Marcelo Crivella, para a prefeitura do Rio de Janeiro. Crivella é homem forte da Igreja Universal, além de sobrinho do líder Edir Macedo.

É claro que Mangabeira usou sua grandiloqüência para expressar o apoio à Crivella. Simplicidade absolutamente não é com ele, pois desse modo não seria o homem que planeja levar água da Amazônia para o sudeste do Brasil com seus aquedutos. Vejam o que ele disse: "a proposta do Crivella para o Rio é um paradigma para o modelo de desenvolvimento nacional".

Bem, se alguém ainda tinha dúvida sobre o perigo das idéias futuristas do ministro Mangabeira, agora não tem mais porque duvidar que caminhar com ele é se arriscar a ir para o abismo. Quem admira um paradigma desses, só pode estar projetando desastres futuros.
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POR José Pires

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