sexta-feira, 16 de março de 2018

Marielle Franco em números

O site O Antagonista fez um excelente trabalho jornalístico que mostra que a vereadora Marielle Franco, morta nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, não foi eleita pelas favelas. No que toca sua votação, o mapeamento de seus votos desmonta essa história de “mulher, negra, favelada”, com o qual a esquerda vem querendo construir um mito em ano de eleição. Os esquerdistas tentam aparelhar também este dramático acontecimento. Até o PT, que expulsou os políticos que formaram o Psol. É lamentável. Os companheiros querem se aproveitar politicamente de um cruel assassinato.

Segundo os números obtidos pelo O Antagonista, na verdade Marielle foi eleita com votos de bairros cariocas de maior poder aquisitivo. Ela teve pouquíssima votação em seu lugar de origem, o Complexo da Favela da Maré, onde sempre tirou fotos e fez vídeos, como marca política de seu mandato. Foram apenas 50 votos. Se for incluído Ramos e Bonsucesso, mesmo assim proporcionalmente a votação é baixa em relação aos bairros mais ricos: 2.196 votos.

Quase metade de seus 46 mil votos saíram de bairros nobres da Zona Sul e da Barra da Tijuca, Zona Oeste. Foram cerca de 20 mil votos. Já na favela da Rocinha ela teve só 22 votos. No Leblon, Laranjeiras e Copacabana ela teve, respectivamente, 1.027, 1.900 e 2.742 votos. Em Cidade de Deus, foram apenas 89 votos. Na Freguesia, de classe média, 707 votos. Já na Grande Tijuca, sua votação foi alta: 6.500 votos.

Com esses números fica comprovado que o discurso vitimista e de conteúdo racialista da campanha de Marielle não comoveu eleitores mais pobres, nem do bairro onde ela mora. Como sempre, os apoiadores desse tipo de discurso foram eleitores de maior poder aquisitivo. O Antagonista não fala nada sobre o peso políticos de líderes do Psol nesses bairro onde a vereadora teve grande votação, mas na minha opinião é provável que sejam base eleitoral de seu padrinho político, o deputado estadual Marcelo Freixo, de quem Marielle foi assessora durante cerca de dez anos.
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POR José Pires
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Imagem- Propaganda eleitoral em 2016 de Marielle e seu padrinho 
político, Marcelo Freixo, candidato a prefeito

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