Ele se dedicava à desmoralização pública de seus auxiliares com um sadismo deplorável e no seu prazer patológico foi perdendo o senso de oportunidade, até complicar-se ao fixar sua agressividade doentia no ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em plena crise do coronavírus. Bolsonaro não compreendeu a dramática complexidade do problema deste vírus mortal e entendeu menos ainda que politicamente o prestígio do ministro tomou uma dimensão relacionada diretamente com o peso da questão sob sua responsabilidade.
O presidente azucrinador do Brasil não compreendeu que não se frita um ministro dedicado ao ataque a um problema que envolve o mundo todo e que até o momento vem tendo um apoio unânime, até porque ninguém, a não ser Bolsonaro, seria idiota de procurar desestabilizar uma pessoa que está no comando de uma tarefa da qual depende nossa integridade física.
Ao empunhar fora de hora a frigideira, Bolsonaro ficou em uma condição politicamente perigosa. Se o presidente demite este ministro, pode ser o fim de seu mandato. Invertendo-se totalmente a posição em que planejava colocar o ministro Mandetta, Bolsonaro criou para si próprio uma cena de desenho animado: ele é o peixe que acha que pode fritar o cozinheiro.
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POR José Pires
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