Dilma Roussef é muito esperta. E pelas histórias que conta, na sua juventude ela fazia parte de um grupo pra lá de esperto. Até comiam farinha com palitinho, o que não é coisa pra qualquer rapaziada. O grupo que está em torno dela agora também é muito esperto, tão ladinos que devem ser capazes até de fazê-la imaginar que, vencendo a eleição, ela é quem estará no comando.
Esta questão do aborto é um bom exemplo da esperteza da tigrada. No plano deles, logo o Brasil inteiro estará pedindo desculpas para a Dilma. O ponto que realmente interessa neste assunto é que a candidata do PT mente. Não, Dilma não “falta com a verdade”, como se costuma dizer quando o verdadeiro sentido das palavras traz um temor de seu uso como contra-ataque pelo adversário. Não estamos atacando ninguém. Só pedindo respeito para com a verdade. Mas o PT está sempre procurando criar este clima de medo no debate político, como se pretendessem dominar até o que sai das nossas bocas.
Neste e em outros assuntos Dilma Roussef não “falta com a verdade”. Ela mente. É mentirosa.
Ela já afirmou que é favorável à descriminação do aborto. Ou, para usar as palavras certas, é pela legalização do aborto. Ela já deu esta afirmação em entrevistas escritas e gravadas. Nada contra, até porque eu tenho a mesma posição. O problema é que ela disse isso quando lhe era conveniente. Deve ter feito então muito sucesso entre a companheirada. E agora desdiz porque o cenário político exige uma outra Dilma.
Bem, sobre a posição favorável ao aborto não há o que discutir. O direito à opinião permite inclusive a luta para que a legalização ocorra. E o bom senso também permite a quem tem posição tão avançada escolher com mais inteligência seus caminhos políticos. Minha candidatura a presidente da República, por exemplo, é só para daqui umas três décadas, quando eu vou estar com a idade do Plínio de Arruda Sampaio. Isso se o Brasil melhorar até lá, é claro.
Voltando, não há nenhum problema em ser favorável ao aborto. Acho até que, tirando a piada, o assunto não seria determinante se as duas candidaturas que estão neste segundo turno fossem mais consistentes. Mas o que não se admite é a mentira oportunista em um debate público. Isso e as encenações posteriores, como o uso do batizado religioso do próprio neto numa das tentativas de manipular a opinião pública e também a ida à basílica de Aparecida, onde disse aos jornalistas que era devota da santa, mas durante a missa fez errado o sinal da cruz. Puxa vida, mas foi-se até o tempo em que cristão-novo sabia mais de religião que os devotos de sempre.
Na foto cima, todo mundo segue a missa direitinho e faz o sinal no momento certo. Dilma só fez depois. A melhor tirada sobre essas mancadas quem fez foi Augusto Nunes, em seu blog no portal da Veja. "É nisso que dá estudar catolicismo com Frei Betto", ele escreveu. Nunes está certo, o Frei Betto é fogo. E o pior é que se ela estudasse guerrilha com ele tomaria bomba do mesmo jeito.
Um dia alguém ainda vai trazer uma grande revelação sobre Dilma, nada escandaloso e nem da sua vida íntima, mas que pode aplacar a curiosidade de muitos: afinal o que é que Dilma sabe fazer?
Por enquanto, em seu trânsito forçado em vários assuntos ela só comprovou uma especialidade: a de neófita.
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POR José Pires
Esta questão do aborto é um bom exemplo da esperteza da tigrada. No plano deles, logo o Brasil inteiro estará pedindo desculpas para a Dilma. O ponto que realmente interessa neste assunto é que a candidata do PT mente. Não, Dilma não “falta com a verdade”, como se costuma dizer quando o verdadeiro sentido das palavras traz um temor de seu uso como contra-ataque pelo adversário. Não estamos atacando ninguém. Só pedindo respeito para com a verdade. Mas o PT está sempre procurando criar este clima de medo no debate político, como se pretendessem dominar até o que sai das nossas bocas.
Neste e em outros assuntos Dilma Roussef não “falta com a verdade”. Ela mente. É mentirosa.
Ela já afirmou que é favorável à descriminação do aborto. Ou, para usar as palavras certas, é pela legalização do aborto. Ela já deu esta afirmação em entrevistas escritas e gravadas. Nada contra, até porque eu tenho a mesma posição. O problema é que ela disse isso quando lhe era conveniente. Deve ter feito então muito sucesso entre a companheirada. E agora desdiz porque o cenário político exige uma outra Dilma.
Bem, sobre a posição favorável ao aborto não há o que discutir. O direito à opinião permite inclusive a luta para que a legalização ocorra. E o bom senso também permite a quem tem posição tão avançada escolher com mais inteligência seus caminhos políticos. Minha candidatura a presidente da República, por exemplo, é só para daqui umas três décadas, quando eu vou estar com a idade do Plínio de Arruda Sampaio. Isso se o Brasil melhorar até lá, é claro.
Voltando, não há nenhum problema em ser favorável ao aborto. Acho até que, tirando a piada, o assunto não seria determinante se as duas candidaturas que estão neste segundo turno fossem mais consistentes. Mas o que não se admite é a mentira oportunista em um debate público. Isso e as encenações posteriores, como o uso do batizado religioso do próprio neto numa das tentativas de manipular a opinião pública e também a ida à basílica de Aparecida, onde disse aos jornalistas que era devota da santa, mas durante a missa fez errado o sinal da cruz. Puxa vida, mas foi-se até o tempo em que cristão-novo sabia mais de religião que os devotos de sempre.
Na foto cima, todo mundo segue a missa direitinho e faz o sinal no momento certo. Dilma só fez depois. A melhor tirada sobre essas mancadas quem fez foi Augusto Nunes, em seu blog no portal da Veja. "É nisso que dá estudar catolicismo com Frei Betto", ele escreveu. Nunes está certo, o Frei Betto é fogo. E o pior é que se ela estudasse guerrilha com ele tomaria bomba do mesmo jeito.
Um dia alguém ainda vai trazer uma grande revelação sobre Dilma, nada escandaloso e nem da sua vida íntima, mas que pode aplacar a curiosidade de muitos: afinal o que é que Dilma sabe fazer?
Por enquanto, em seu trânsito forçado em vários assuntos ela só comprovou uma especialidade: a de neófita.
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POR José Pires
Um comentário:
Por falar em gente que mente, eis mais uma mentira que busca reescrever a história:
"Em tom exaltado, o presidente Lula estimulou nesta quinta-feira a luta de classes durante comício em Ananindeua, no Pará, ao lado da presidenciável petista, Dilma Rousseff, e da governadora Ana Júlia Carepa (PT), candidata à reeleição.
Sem conseguir levar o senador eleito Jader Barbalho (PMDB) para o comício, Lula disse que Dilma é vitima de acusações insufladas por parte de uma elite que, no passado, ficou contra ele e contra figuras ilustres da História política brasileira, como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e João Goulart."
Na fala acima, transcita de "O Globo" (edição de 15/10/2010) me refiro mais especificamente do que consta ao final do discurso. Todo mundo sabe que Ulisses Guimarães ocupou papel fundamental no combate ao regime militar. Foi corajoso, firme, e soube articular a volta da democracia ao país, e com a Constituição de 1988 - do qual foi o simbolo maior - sedimentou uma etapa a ser percorrida. Quem foi contra essa Constituição? O PT e Lula.
Antes um pouco, em 1985, Tancredo Neves, que na mesma esteira fazia oposição ao regime enfrentou Paulo Maluf - candidato da ditadura - no colégio eleitoral. Tancredo venceu e a ditadura foi derrotada junto com Lula e o PT, já que essses se negaram a participar da votação no colégio eleitoral.
E se Maluf ganhasse em virtude da ausência petista na votação? Ou, por outra, será que já não havia um cálculo para que a bandeira levantada (luta contra a ditadura) permanecesse hasteada?
Ou seja, parece que já naquele período havia de algum modo uma ligação entre o direitista Maluf e o "esquerdista" Lula, o PT pelo meio.
Os jornais da época podem constatar esses fatos e não há como negá-los.
Bem, então, a qual elite está se referindo já que ele mesmo não se considera elite e quem mais ficou contra essas emblemáticas e históricas figuras foi o próprio?
A sua fala e a história apontam para rumos diferentes. Seria falta de memória? Como Lula pode mentir tanto assim? Quem ficou contra Tancredo e Ulisses?
Bem que poderia aparecer algum petista para responder essas perguntas para a sociedade.
Não sei se Dilma, outra que não costuma ser amante da verdade, já mentia antes de conhecer o presidente. Se não mentia se graduou; se já era contumaz useira desse expediente fez pós-graduação, mestrado e doutorado. Nisso de mentir o mestre é bom.
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