E é claro que o nó (e que nó, parece cego!) do problema é o educacional. Esta é uma questão batida e que já criou aquela unanimidade típica na cultura brasileira: a concordância não contribui necessariamente para a resolução do problema. Todos dizem que educação é tudo, mas ninguém faz nada.
A reportagem assinala que o sistema educacional do Brasil está “em desarranjo”, o que, cá para nós, é até uma forma elegante para definir um problema que talvez exija palavras mais pesadas.
No texto, o New York Times lembra a vergonha que o Brasil passa em qualquer teste de avaliação educacional comparativo com outros países. “Nos testes de desempenho acadêmico realizados a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com jovens de 15 anos de 57 países”, cita o jornal, “os estudantes brasileiros ficaram na quarta pior colocação em ciências e na terceira pior em matemática".
O problema começa nos bancos escolares, passa pela universidade e já alcançou todos os setores produtivos. E essa falta de qualificação que beira o colapso ainda é agravada por outra, também muito grave: a má qualidade das nossas lideranças, entre os políticos, evidentemente, mas no empresariado e na indústria.
A repercussão da matéria do New York Times junto ao governo, se houver, vai mostrar a visão rasteira que essa gente tem. Lula deve vir com alguma piada tola. É o modo que ele tem para responder aos reais problemas do Brasil.
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POR José Pires
A reportagem assinala que o sistema educacional do Brasil está “em desarranjo”, o que, cá para nós, é até uma forma elegante para definir um problema que talvez exija palavras mais pesadas.
No texto, o New York Times lembra a vergonha que o Brasil passa em qualquer teste de avaliação educacional comparativo com outros países. “Nos testes de desempenho acadêmico realizados a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com jovens de 15 anos de 57 países”, cita o jornal, “os estudantes brasileiros ficaram na quarta pior colocação em ciências e na terceira pior em matemática".
O problema começa nos bancos escolares, passa pela universidade e já alcançou todos os setores produtivos. E essa falta de qualificação que beira o colapso ainda é agravada por outra, também muito grave: a má qualidade das nossas lideranças, entre os políticos, evidentemente, mas no empresariado e na indústria.
A repercussão da matéria do New York Times junto ao governo, se houver, vai mostrar a visão rasteira que essa gente tem. Lula deve vir com alguma piada tola. É o modo que ele tem para responder aos reais problemas do Brasil.
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