quarta-feira, 2 de julho de 2008

Ah, as respostas ao problema

E é claro que o nó (e que nó, parece cego!) do problema é o educacional. Esta é uma questão batida e que já criou aquela unanimidade típica na cultura brasileira: a concordância não contribui necessariamente para a resolução do problema. Todos dizem que educação é tudo, mas ninguém faz nada.

A reportagem assinala que o sistema educacional do Brasil está “em desarranjo”, o que, cá para nós, é até uma forma elegante para definir um problema que talvez exija palavras mais pesadas.

No texto, o New York Times lembra a vergonha que o Brasil passa em qualquer teste de avaliação educacional comparativo com outros países. “Nos testes de desempenho acadêmico realizados a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com jovens de 15 anos de 57 países”, cita o jornal, “os estudantes brasileiros ficaram na quarta pior colocação em ciências e na terceira pior em matemática".

O problema começa nos bancos escolares, passa pela universidade e já alcançou todos os setores produtivos. E essa falta de qualificação que beira o colapso ainda é agravada por outra, também muito grave: a má qualidade das nossas lideranças, entre os políticos, evidentemente, mas no empresariado e na indústria.

A repercussão da matéria do New York Times junto ao governo, se houver, vai mostrar a visão rasteira que essa gente tem. Lula deve vir com alguma piada tola. É o modo que ele tem para responder aos reais problemas do Brasil.
........................
POR José Pires

Nenhum comentário: