Eu já sabia que tucano é um bicho estranho, sendo um animal político dos mais estrambóticos. Parece ser uma ave, mas tem um comportamento asnático às vezes. O bicho vive acompanhado pelos Democrata, ou DEM, aqueles que foram PFL e mudaram de nome por vergonha do passado.
O DEM, alguém já disse, é o SBT dos partidos políticos. E no caso, o que soa como uma piada é na verdade uma inteligente constatação sociológica. Vejam bem se o partido não parece a grade de programação da televisão do Silvio Santos, uma corrida maluca pela audiência que acaba fazendo da telinha um espaço da incoerência. No SBT tem o programa do Ratinho e outras porcarias, mas na madrugada, o insone zapeador pode dar de cara com um filme de Ingmar Bergman.
É algo como o DEM onde tem o filho do prefeito Cesar Maia, o Rodrigo, presidente do partido com jeito de mauricinho e buscando a modernidade com um logotipo novo, mas você pode topar também − e pior, na madrugada − com o deputado Natalino, do Rio, criando sua franchising (dele! dele!) de milícia paramilitar.
É fogo, Lombardi! Mas você já deve estar se perguntando o que o DEM fez agora. Pois foi em São Paulo, onde governa o mais moderninho do partido, o prefeito Kassab, candidato à reeleição.
Kassab enviou e-mails para subprefeitos de sua administração pedindo uma “ação” de modo a tentar influir na última pesquisa do Datafolha, onde derrapa no terceiro lugar. Kassab, claro, já explicou que fazia isso pelo bem da democracia. Disse que sua intenção era evitar que adversários, especificamente os petistas, influenciassem o levantamento.
Está certo. Como é um moderno Democrata, colocou a máquina pública para zelar pela lisura da estatística eleitoral. Sem usar a máquina pública, claro, como ele próprio já avisou.
Este é o DEM, o SBT dos partidos políticos. Se você vir um dia desses algum deles gritando por aí “quem quer dinheiro?, quem quer dinheiro?”, não vá chamar a polícia ou o fiscal eleitoral. Ou é programa novo ou então algum ato pela democracia.
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POR José Pires
O DEM, alguém já disse, é o SBT dos partidos políticos. E no caso, o que soa como uma piada é na verdade uma inteligente constatação sociológica. Vejam bem se o partido não parece a grade de programação da televisão do Silvio Santos, uma corrida maluca pela audiência que acaba fazendo da telinha um espaço da incoerência. No SBT tem o programa do Ratinho e outras porcarias, mas na madrugada, o insone zapeador pode dar de cara com um filme de Ingmar Bergman.
É algo como o DEM onde tem o filho do prefeito Cesar Maia, o Rodrigo, presidente do partido com jeito de mauricinho e buscando a modernidade com um logotipo novo, mas você pode topar também − e pior, na madrugada − com o deputado Natalino, do Rio, criando sua franchising (dele! dele!) de milícia paramilitar.
É fogo, Lombardi! Mas você já deve estar se perguntando o que o DEM fez agora. Pois foi em São Paulo, onde governa o mais moderninho do partido, o prefeito Kassab, candidato à reeleição.
Kassab enviou e-mails para subprefeitos de sua administração pedindo uma “ação” de modo a tentar influir na última pesquisa do Datafolha, onde derrapa no terceiro lugar. Kassab, claro, já explicou que fazia isso pelo bem da democracia. Disse que sua intenção era evitar que adversários, especificamente os petistas, influenciassem o levantamento.
Está certo. Como é um moderno Democrata, colocou a máquina pública para zelar pela lisura da estatística eleitoral. Sem usar a máquina pública, claro, como ele próprio já avisou.
Este é o DEM, o SBT dos partidos políticos. Se você vir um dia desses algum deles gritando por aí “quem quer dinheiro?, quem quer dinheiro?”, não vá chamar a polícia ou o fiscal eleitoral. Ou é programa novo ou então algum ato pela democracia.
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