É interessante ver Marta Suplicy e Paulo Maluf na mesma situação. Não pelo fato de os dois estarem respondendo a processos, nada disso. A ex-prefeita petista evidentemente não se compara à Maluf neste quesito. Aliás, em padrão moral nenhum outro político se compara a ele, que nisso tem a primazia, até pelo peso histórico de sua carreira na ética política deste país.
Mas o interessante é ver os dois indignados com a divulgação de seus processos na página da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) na internet.
Marta até estampa uma nota de repúdio em seu site de campanha. A justificativa é a de sempre: a de que os processos ainda não foram julgados sendo, portanto, nulos de resultado. A nota traz também pelo menos uma clara inverdade, quando diz que a lista da AMB “faz referência a uma ação movida por oposicionistas contra a então prefeita”. A lista traz duas ações por crime da lei de licitação, sendo uma delas do Ministério Público Federal. E, ao que consta, o Ministério Público Federal não faz parte da oposição à ex-prefeita.
Mas o que realmente importa é a defesa da transparência, algo tão caro aos petistas nos tempos da oposição e que hoje, quando ocupam no poder em várias instâncias, torna-se um incômodo.
Acontece que os processos são públicos e por isso não deve existir razão alguma para que eles não sejam divulgados para o eleitor, que tem o direito à informação. Daí ele poderá analisar a procedência ou não das acusações e até cobrar explicações ao candidato. A eleição acontece daqui a menos de três meses. E com o ritmo da nossa Justiça, todos sabem o que acontecerá se formos esperar o resultado final na Justiça para que haja a divulgação de processos.
Mas a página da AMB continua lá. Marta Suplicy talvez até entre com ação para tentar tirá-la do ar, mas isso ainda não aconteceu. Aliás, a petista podia aproveitar o interesse comum entre ela e o ex-adversário e entrar com uma ação conjunta com Maluf. Seria um belo desfecho histórico para uma decadência moral que tem ajuntado petista e malufistas no mesmo saco.
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POR José Pires
Mas o interessante é ver os dois indignados com a divulgação de seus processos na página da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) na internet.
Marta até estampa uma nota de repúdio em seu site de campanha. A justificativa é a de sempre: a de que os processos ainda não foram julgados sendo, portanto, nulos de resultado. A nota traz também pelo menos uma clara inverdade, quando diz que a lista da AMB “faz referência a uma ação movida por oposicionistas contra a então prefeita”. A lista traz duas ações por crime da lei de licitação, sendo uma delas do Ministério Público Federal. E, ao que consta, o Ministério Público Federal não faz parte da oposição à ex-prefeita.
Mas o que realmente importa é a defesa da transparência, algo tão caro aos petistas nos tempos da oposição e que hoje, quando ocupam no poder em várias instâncias, torna-se um incômodo.
Acontece que os processos são públicos e por isso não deve existir razão alguma para que eles não sejam divulgados para o eleitor, que tem o direito à informação. Daí ele poderá analisar a procedência ou não das acusações e até cobrar explicações ao candidato. A eleição acontece daqui a menos de três meses. E com o ritmo da nossa Justiça, todos sabem o que acontecerá se formos esperar o resultado final na Justiça para que haja a divulgação de processos.
Mas a página da AMB continua lá. Marta Suplicy talvez até entre com ação para tentar tirá-la do ar, mas isso ainda não aconteceu. Aliás, a petista podia aproveitar o interesse comum entre ela e o ex-adversário e entrar com uma ação conjunta com Maluf. Seria um belo desfecho histórico para uma decadência moral que tem ajuntado petista e malufistas no mesmo saco.
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POR José Pires
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