O modelo petista de capitalismo de Estado é popular e muito familiar: nele os Silva lucram. Lulinha, o filho gênio dos games, passou de monitor de jardim zoológico (com salário de cerca de 600 reais) para magnata da informática. Numa só tacada recebeu em sua microempresa, a Gamecorp, um investimento de R$ 5 milhões. O dinheiro veio da Telemar, hoje chamada Oi, mas antes o garoto foi disputado pelo mercado. A Brasil Telecom, empresa na época controlada por Daniel Dantas, também queria por dinheiro na empresa de Lulinha. Ofereceu R$ 6,5 milhões mas a Gamecorp fechou com a Telemar/Oi.
Mas isso não é nada perto dos R$ 4,3 bilhões tomados pela Oi junto ao Banco do Brasil. O empréstimo foi anunciado anteontem e torna a empresa de telefonia o maior tomador de crédito da instituição. O crédito ultrapassa até o limite normal de exposição a um único grupo econômico previsto na política de crédito do banco.
Bem, nem dá vontade de fazer uma certa pergunta, pois se a coisa acontece ainda sobra para a gente a fama de pé-frio, mas vamos lá: e se o negócio der problema? Já explico, a coisa já começa complicada, com denúncias variadas, dinheiro público entrando de forma suspeita. Num caso assim, dá para confiar na capacidade administrativa dessa gente? Eu não confiaria. Por muito menos, o leite da Parmalat azedou.
Mas alguém ainda pode dizer: ô cara paranóico, uma empresa grande assim não pode falir de uma hora pra outra sem mais nem menos! É verdade, será uma empresa bem grande, um monopólio que dominará praticamente toda a telefonia e internet do sudeste e a maior parte do Brasil. Bem, mas a Enron também era bem grande. E ainda era norte-americana. E faliu. Então volto a perguntar: e ser der problema? Bem, então você, companheiro contribuinte, paga a conta e não falamos mais nisso. Capitalismo de Estado é assim.
Segundo a Folha de S. Paulo “os R$ 4,3 bilhões também extrapolam o limite de 10% do patrimônio de referência do banco fixado pela diretoria do BB para operações com um mesmo grupo empresarial” Se respeitasse o teto de 10%, revela o jornal, o banco só poderia emprestar R$ 3,6 bilhões à Oi.
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POR José Pires
Mas isso não é nada perto dos R$ 4,3 bilhões tomados pela Oi junto ao Banco do Brasil. O empréstimo foi anunciado anteontem e torna a empresa de telefonia o maior tomador de crédito da instituição. O crédito ultrapassa até o limite normal de exposição a um único grupo econômico previsto na política de crédito do banco.
Bem, nem dá vontade de fazer uma certa pergunta, pois se a coisa acontece ainda sobra para a gente a fama de pé-frio, mas vamos lá: e se o negócio der problema? Já explico, a coisa já começa complicada, com denúncias variadas, dinheiro público entrando de forma suspeita. Num caso assim, dá para confiar na capacidade administrativa dessa gente? Eu não confiaria. Por muito menos, o leite da Parmalat azedou.
Mas alguém ainda pode dizer: ô cara paranóico, uma empresa grande assim não pode falir de uma hora pra outra sem mais nem menos! É verdade, será uma empresa bem grande, um monopólio que dominará praticamente toda a telefonia e internet do sudeste e a maior parte do Brasil. Bem, mas a Enron também era bem grande. E ainda era norte-americana. E faliu. Então volto a perguntar: e ser der problema? Bem, então você, companheiro contribuinte, paga a conta e não falamos mais nisso. Capitalismo de Estado é assim.
Segundo a Folha de S. Paulo “os R$ 4,3 bilhões também extrapolam o limite de 10% do patrimônio de referência do banco fixado pela diretoria do BB para operações com um mesmo grupo empresarial” Se respeitasse o teto de 10%, revela o jornal, o banco só poderia emprestar R$ 3,6 bilhões à Oi.
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POR José Pires
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