sexta-feira, 18 de março de 2011

Aguenta, Brasil: vem aí a corrupção atômica

O governo do PT reativou o Programa Nuclear Brasileiro, que já estava há mais de duas décadas parado, e pretende ampliar perigosamente o número de usinas. Mas o que fez esse pessoal que era adepto de soluções mais naturais para os problemas brasileiros ficar com essa animação com a energia nuclear? Bem, uma pista é a previsão de gastos apenas em Angra 3: 7 bilhões de reais. Imagine o que não vai render as próximas quatro.

O problema é que tipo de usina nuclear o Brasil terá com o baixo nível de exigência que o governo petista já mostrou em outras ocasiões, inclusive abolindo leis reguladoras para favorecer grandes empresas, como Lula fez na compra da Brasil Telecom pela Oi. Com a capacidade que essa gente já mostrou para tocar obras muito menos arriscadas, tem que ter má-fé ou ser maluco para expressas otimismo com o que pode vir por aí.

E nunca é demais destacar a partir de que tipo de liderança que um programa desses existe. Quem comanda o ministério de Minas e Energias é Edison (Yo soy la garantia!) Lobão, do grupo de José Sarney, o homem que há oito anos detém o poder na área da energia. Sarney é quem manda num ministério de tamanha importância.

E nem acho que a dificuldade do Brasil em lidar com algo tão perigoso como a energia nuclear seja em razão do governo ser do PT ou de ter Lobão comandando todo o processo. O Lobão logo mais sairá do cargo e o PT também não é eterno, mesmo que eles queiram tanto que até fizeram um mensalão para isso.

Nosso problema é o conjunto das forças políticas, deteriorado a tal ponto que hoje em dia não se cumpre nem certas formalidades para ao menos disfarçar o fato do país estar entregue a uma corja de patifes. Pode-se constatar nas atitudes mais variadas do nosso Congresso, a começar pela permanência de Sarney à frente do Senado depois da comprovada corrupção que é base de sua carreira política.

Cito o senador do Maranhão eleito pelo Amapá apenas como um exemplo de forte carga simbólica do estado a que chegamos, mas basta dar uma olhada em todo o Congresso para ver que sobram poucos ali que prestam e mesmo estes não seriam confiáveis para lidar com áreas de muito risco.

Sinceramente, o que nós não precisamos de forma alguma é que essa gente passe também a fazer suas velhacarias e trapalhadas com energia atômica.
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POR José Pires

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