É uma ironia da história que a censura à imprensa volte ao Brasil com José Sarney. O presidente do Senado, que já está bem próximo da renúncia, foi um dos políticos brasileiros que cresceu à sombra da ditadura militar. Fez fortuna sob a guarida do arbítrio. Com a classe política sob pressão e com os melhores quadros da política, do empresariado e da universidade impedidos ou destruídos pelo regime, gente como Sarney só podia lucrar. E como lucrou. Hoje é um dos poderosos da era lulo-petista e em números oficiais quase um bilionário.
A censura voltou com um ato do desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que proibiu o jornal O Estado de S. Paulo de publicar reportagens que contenham informações da chamada Operação Boi Barrica, que flagrou vários ilícitos da família Sarney. Fernando Sarney, filho do senador, foi quem entrou com o pedido de censura. E tinha vários motivos para isso, entre eles o de que foi flagrado em grampo da Polícia Federal autorizado pela Justiça dando um cargo no Senado para o namorado da filha e, claro, neta de Sarney.
A decisão determina que o Estadão não publique mais informações sobre a investigação da Polícia Federal. A censura prévia da ditadura militar funcionava assim. Na época, Sarney era um dos mais importantes caciques da Arena (que depois mudou de nome para PDS), o partido da ditadura. O ato também institui a censura em toda a imprensa brasileira, já que proíbe os demais veículos de comunicação de utilizarem ou citarem material publicado pelo Estadão.
Em caso de descumprimento da decisão a multa é de R$ 150 mil para cada reportagem publicada. A família Sarney, como sempre, queria mais. O pedido feito pelo filho do presidente do Senado, pedia a aplicação de multa de R$ 300 mil.
Não faltam argumentos sobre este ato e tampouco elementos que demonstram quanto é suspeita esta decisão. A imagem acima, porém, dá a melhor visão de como anda a Justiça neste país. Lembra aquelas piadas antigas que traziam abaixo a frase “sem palavras”.
Ela já está sendo publicada em vários pontos da internet. O desembargador Dácio Vieira, que concedeu a liminar à família Sarney, é o primeiro à esquerda; ele está acompanhado da mulher, Ângela; ao lado dela está Sânzia, mulher de Agaciel Maia, ex-diretor geral da Casa; Agaciel está à esquerda, ao lado do senador Renan Calheiros; no meio está Sarney.
A foi tirada no casamento da filha de Agaciel Maia. Sarney foi padrinho da noiva. Lembre-se que ao fundo, durante o casório, tocavam a música-tema de O Poderoso Chefão.
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POR José Pires
A censura voltou com um ato do desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que proibiu o jornal O Estado de S. Paulo de publicar reportagens que contenham informações da chamada Operação Boi Barrica, que flagrou vários ilícitos da família Sarney. Fernando Sarney, filho do senador, foi quem entrou com o pedido de censura. E tinha vários motivos para isso, entre eles o de que foi flagrado em grampo da Polícia Federal autorizado pela Justiça dando um cargo no Senado para o namorado da filha e, claro, neta de Sarney.
A decisão determina que o Estadão não publique mais informações sobre a investigação da Polícia Federal. A censura prévia da ditadura militar funcionava assim. Na época, Sarney era um dos mais importantes caciques da Arena (que depois mudou de nome para PDS), o partido da ditadura. O ato também institui a censura em toda a imprensa brasileira, já que proíbe os demais veículos de comunicação de utilizarem ou citarem material publicado pelo Estadão.
Em caso de descumprimento da decisão a multa é de R$ 150 mil para cada reportagem publicada. A família Sarney, como sempre, queria mais. O pedido feito pelo filho do presidente do Senado, pedia a aplicação de multa de R$ 300 mil.
Não faltam argumentos sobre este ato e tampouco elementos que demonstram quanto é suspeita esta decisão. A imagem acima, porém, dá a melhor visão de como anda a Justiça neste país. Lembra aquelas piadas antigas que traziam abaixo a frase “sem palavras”.
Ela já está sendo publicada em vários pontos da internet. O desembargador Dácio Vieira, que concedeu a liminar à família Sarney, é o primeiro à esquerda; ele está acompanhado da mulher, Ângela; ao lado dela está Sânzia, mulher de Agaciel Maia, ex-diretor geral da Casa; Agaciel está à esquerda, ao lado do senador Renan Calheiros; no meio está Sarney.
A foi tirada no casamento da filha de Agaciel Maia. Sarney foi padrinho da noiva. Lembre-se que ao fundo, durante o casório, tocavam a música-tema de O Poderoso Chefão.
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POR José Pires
Um comentário:
Amigão,
quem colocou o Sarney de presidente do Senado foi a oposição. Lembre-se disto.
Esta oposição só quer saber de melar o governo do PT, que tem lá suas falhas, mas é um governo um pouco mais sério e democrático que os antecessores. Com crise mundial ou sem crise mundial.
O PSDB só quer saber de melar o governo do PT...tão fazendo de tudo, não desistem...e o Sarney é hoje, certamente, uma pedra no sapato do PT....aí o PSDB não perdoa, e esfrega na cara...mesmo sabendo que foram eles que elegeram o "nobre" Coroné.
Tá díficil....
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