Paulinho Pereira da Silva, o deputado Paulinho da Força, é presidente da Força Sindical e também presidente estadual do PDT paulista. Aí está novamente a mão de Leonel Brizola.
Brizola é um resultado exemplar da política brasileira, onde nada cresce de forma coerente. Lula, com seu partido, é outra, bem pior, mas fiquemos em Brizola e no PDT. O ex-governador do Rio tem um papel na história brasileira no período anterior ao golpe militar que chega a ser heróico. Já é fato histórico que sem ele e sua luta pela legalidade em 1961, a ditadura militar seria não de 64 mas de 61.
Mesmo após sua volta ao país com a anistia política em 1979, Brizola teve papéis importantes. A luta contra a tentativa de fraude na sua eleição para o governo do Rio de Janeiro, em 1982, o famoso caso Proconsult no qual havia o envolvimento até da TV Globo, foi fundamental para a nascente democracia brasileira.
Mas depois tudo descambou. O partido de Brizola é um dos maiores criadores de porcarias políticas que já houve no Brasil. Talvez já esteja sendo ultrapassado pelo PT nisso, mas ainda exerce uma soberba influência no lamaçal. A quantidade de escândalos nos quais o partido está envolvido é muito grande. Enorme.
O que era para tornar-se um dos maiores partidos brasileiros, minguou e se corrompeu. E Brizola, que morreu em junho de 2004, pagou caro por isso ainda em vida. Sua imagem histórica se desgastou demais à frente de um partido sem nenhum programa e ainda desmoralizado pelo clientelismo. O PDT acabou sendo retalhado politicamente pelo país afora. Cedido por Brizola para caciques locais, chafurdou em lamas municipais e estaduais e, claro, também em lamas federais.
Dois anos antes de ir para o túmulo, Brizola ainda levou uma bofetada eleitoral. Perdeu vergonhosamente a eleição para o Senado pelo Rio: ficou em sexto lugar. Já seu candidato ao governo estadual terminou a eleição em terceiro lugar, com 1.141.060 votos. O eleito, com 4.101.423 votos, foi uma criação sua que depois o traiu e que ainda pode promete trazer muitos problemas para o país: Anthony Garotinho.
E o partido continua rolando pela pirambeira. Em 2006, também para o governo do Rio, o atual presidente do seu partido, o ministro do Trabalho, Antonio Carlos Luppi, ficou em sexto lugar com 125.735 votos. E o governo ficou para a mulher de Garotinho, Rosinha Mateus. Herança maldita é pouco.
........................
POR José Pires
Brizola é um resultado exemplar da política brasileira, onde nada cresce de forma coerente. Lula, com seu partido, é outra, bem pior, mas fiquemos em Brizola e no PDT. O ex-governador do Rio tem um papel na história brasileira no período anterior ao golpe militar que chega a ser heróico. Já é fato histórico que sem ele e sua luta pela legalidade em 1961, a ditadura militar seria não de 64 mas de 61.
Mesmo após sua volta ao país com a anistia política em 1979, Brizola teve papéis importantes. A luta contra a tentativa de fraude na sua eleição para o governo do Rio de Janeiro, em 1982, o famoso caso Proconsult no qual havia o envolvimento até da TV Globo, foi fundamental para a nascente democracia brasileira.
Mas depois tudo descambou. O partido de Brizola é um dos maiores criadores de porcarias políticas que já houve no Brasil. Talvez já esteja sendo ultrapassado pelo PT nisso, mas ainda exerce uma soberba influência no lamaçal. A quantidade de escândalos nos quais o partido está envolvido é muito grande. Enorme.
O que era para tornar-se um dos maiores partidos brasileiros, minguou e se corrompeu. E Brizola, que morreu em junho de 2004, pagou caro por isso ainda em vida. Sua imagem histórica se desgastou demais à frente de um partido sem nenhum programa e ainda desmoralizado pelo clientelismo. O PDT acabou sendo retalhado politicamente pelo país afora. Cedido por Brizola para caciques locais, chafurdou em lamas municipais e estaduais e, claro, também em lamas federais.
Dois anos antes de ir para o túmulo, Brizola ainda levou uma bofetada eleitoral. Perdeu vergonhosamente a eleição para o Senado pelo Rio: ficou em sexto lugar. Já seu candidato ao governo estadual terminou a eleição em terceiro lugar, com 1.141.060 votos. O eleito, com 4.101.423 votos, foi uma criação sua que depois o traiu e que ainda pode promete trazer muitos problemas para o país: Anthony Garotinho.
E o partido continua rolando pela pirambeira. Em 2006, também para o governo do Rio, o atual presidente do seu partido, o ministro do Trabalho, Antonio Carlos Luppi, ficou em sexto lugar com 125.735 votos. E o governo ficou para a mulher de Garotinho, Rosinha Mateus. Herança maldita é pouco.
........................
POR José Pires
Nenhum comentário:
Postar um comentário