Mas, de qualquer forma, o que impressiona nessa extraordinária segurança em meio à polêmica mundial trazida pelo acidente em Fukushima, é a capacidade de aprendizado do ministro Lobão. Em cerca de três anos ele passou de Lobão para Professor Pardal. Quando foi nomeado por Lula para o ministério de Minas e Energia, em 2008, esse poço de auto-suficiência disse aos jornalistas que se espantavam com sua falta de currículo na área que ele estava se informando dos assuntos da pasta pelos jornais.
Como isso até parece piada de tão absurdo que é, transcrevo o que ele disse na época: "Estou lendo alguma coisa que chega às minhas mãos. A imprensa, por exemplo, está escrevendo muita coisa técnica. Todos os dias saem até informações boas. Estou me informando sobre energia elétrica, sobre hidrelétrica, sobre gás, sobre petróleo."
De lá para cá, nesse pouco mais de três anos, ele parece ter reunido um imenso cabedal de conhecimento da área, avançando até na especialização em usinas atômicas. Eu só não sugiro mandar essa sumidade para Fukushima para esfriar os reatores e, de quebra, também a cabeça dos japoneses, porque não podemos dispor de um especialista tão seguro sobre questões tão complicadas.
Quer dizer, para o Lobão não há nenhuma razão para se incomodar com um acidente preocupante para o mundo todo e que perturba especialistas em energia nuclear de tal forma que fez o comissário europeu de Energia falar até em “apocalipse”.
O acidente no Japão fez também a Suiça e a Alemanha anunciarem a revisão de seus programas nucleares e é óbvio que todos os governos estão esperando apenas o desfecho dos acontecimentos em Fukushima para discutir com mais profundidade a necessidade de revisão que isso trará inevitavelmente para qualquer programa nuclear.
Mas tudo isso é fichinha para o ministro Lobão, que até há pouco tempo se informava sobre energia pelos jornais. Haja paciência, mas, no final, temos à nossa frente uma antiga cena: a dúvida só pode freqüentar a cabeça do sábio. Todo idiota tem a cabeça repleta de certezas. Mas se a autoridade nas mãos de um ignorante já é preocupante em qualquer situação, essa perturbação tende a aumentar na razão do peso que suas decisões pode ter em nossas vidas.
.........................
POR José Pires
Como isso até parece piada de tão absurdo que é, transcrevo o que ele disse na época: "Estou lendo alguma coisa que chega às minhas mãos. A imprensa, por exemplo, está escrevendo muita coisa técnica. Todos os dias saem até informações boas. Estou me informando sobre energia elétrica, sobre hidrelétrica, sobre gás, sobre petróleo."
De lá para cá, nesse pouco mais de três anos, ele parece ter reunido um imenso cabedal de conhecimento da área, avançando até na especialização em usinas atômicas. Eu só não sugiro mandar essa sumidade para Fukushima para esfriar os reatores e, de quebra, também a cabeça dos japoneses, porque não podemos dispor de um especialista tão seguro sobre questões tão complicadas.
Quer dizer, para o Lobão não há nenhuma razão para se incomodar com um acidente preocupante para o mundo todo e que perturba especialistas em energia nuclear de tal forma que fez o comissário europeu de Energia falar até em “apocalipse”.
O acidente no Japão fez também a Suiça e a Alemanha anunciarem a revisão de seus programas nucleares e é óbvio que todos os governos estão esperando apenas o desfecho dos acontecimentos em Fukushima para discutir com mais profundidade a necessidade de revisão que isso trará inevitavelmente para qualquer programa nuclear.
Mas tudo isso é fichinha para o ministro Lobão, que até há pouco tempo se informava sobre energia pelos jornais. Haja paciência, mas, no final, temos à nossa frente uma antiga cena: a dúvida só pode freqüentar a cabeça do sábio. Todo idiota tem a cabeça repleta de certezas. Mas se a autoridade nas mãos de um ignorante já é preocupante em qualquer situação, essa perturbação tende a aumentar na razão do peso que suas decisões pode ter em nossas vidas.
.........................
POR José Pires
Nenhum comentário:
Postar um comentário